terça-feira, 20 de abril de 2010

Ando a colocar o sono em dia.

Sabia que quando acabasse de gravar seria melhor músico do que quando entrei no estúdio, este objectivo foi largamente superado.

O que me deu mais trabalho:

- Ritmos - O facto de ser o único guitarrista da banda dificultou o processo de gravação das 'bases'. Primeiro porque as 'bases' não existiam - Eu toco a música, misturo ritmos, solos, e malhas - não faço uma guitarra ritmo do principio ao fim, nem tão pouco tocava a música sempre da mesma forma (não tinha de prestar contas a outro guitarrista, nem de estar preocupado com o seu espaço).
Ora, toca lá a gravar duas guitarras de base diferentes (cada uma dobrada) para fazer uma caminha para o resto das malhas...

- A expressão e o ataque das notas - Durante anos estudamos e treinamos técnicas de económic picking, alternate picking etc, chego à gravação: "essa frase está mole", "essas notas têm de saltar", "aqui dá-lhe mesmo à puto", "não tenhas medo de partir uma corda" :). Deu trabalho...

- Leads - Quando acabamos de escrever o disco, apenas três ou quatro músicas tinham solo. Quando acabei a gravação das guitarras... todos os temas têm frases, malhas, solos. "se não têm teclista então tem de ser de guitarra", "isto aqui é o refrão final tens que subir na intensidade, dispara!" criar malhas às tantas da manhã depois de um dia de trabalho e meia dúzia de horas de estúdio não é fácil.
Principalmente porque não sou um virtuoso, nem tenho um reportório de 350 malhas na manga prontas a disparar em qualquer tom (como qualquer guitarrista de sessão/profissional)

Tal como comecei: Sabia que quando acabasse de gravar seria melhor músico do que quando entrei no estúdio, este objectivo foi largamente superado!

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