segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mais uma coisa: ontem esteve lá o Mário. Finalmente, cabrãozolas!!!
O Mário é o 5º elemento desta banda, ele e o mundo é que ainda não sabem!
Neste álbum as letras de 2 temas, o "Culpado" e o "Num imenso céu voar" são dele. E são letras fabulosas.
Quero muito que esta colaboração se mantenha, por duas razões: sou completamente fã da forma como ele escreve, e encaro os seus textos (que não só as suas letra) como altamente inspiradores; e porque acho que este projecto vai dar ainda mais gozo se podermos envolver alguns dos nossos amigos especiais a partilhar connosco a viagem. Esta não pode ser uma viagem solitária e mesmo a 4 pareceremos sempre poucos, digo eu.
Tenho muitas vezes (demasiadas, talvez) as ganas de assumir montes de coisas ao mesmo tempo, do ponto de vista da criatividade em torno disto: fazer as letras, fazer as fotos, fazer os textos, fazer isto e aquilo, fazer trinta por uma linha... e confesso que me tenho controlado para deixar arejar a coisa com ventos vindos de fora. E o que é um facto é que também retiro muito gozo dessa brisa refrescante.
Mário, és sempre bem vindo. Espero continuar a poder dar voz às coisas que escreves e que considero inspiradoras. Já sabes que não vais ser para nós como o "Carlos Tê" é para o "Rui Veloso", porque sabes que também faço questão de pintar as músicas com a minha palete de cores. Mas tu percebes isso, como percebes melhor do que a maior parte dos mortais com quem me cruzo as coisas que me passam pela cabeça e a pessoa que eu sou. E por isso sabes que a escrita é uma paixão que vai assumindo uma dimensão na minha vida, assutadora por vezes. Uma paixão que partilhamos.
Nunca fizémos foi uma ménage à trois! Já tentámos mas ainda não concretizamos o acto. Pode ser que um dia destes...
Vamos pôr as coisas por partes: sinto-me novamente a entrar em forma, depois de uma infecção na garganta e de um mês inteiro com tosse seca... daí vir dos ensaios como se tivesse sido "recarregado" de energia. Bem, por acaso a coisa é mais complexa do que isso: sinto que dispendo imensa energia (devo emagrecer em cada ensaio umas gramitas) mas parece que recebo essa energia de volta. Como se ela saísse pela boca e voltasse a entrar pelos ouvidos, num movimento circular que flui com a cadência dos temas.
Não consigo pôr as coisas noutros termos, mesmo que por vezes a coisa não saia na perfeição: energia! É nisso que os Flirt se estão a tornar e isso agrada-me imenso.
Sinto também que se calhar estamos a ficar um pouco mais ansiosos com o aproximar da data da gravação. Mais preocupados com os pormenores que por vezes ainda oscilam de ensaio para ensaio; com os finais e algumas passagens. Acho que começamos a olhar para o que aí vem como quem olha para um abismo. Estamos todos com vontade de cair e receosos com a noção de não retorno. Bem, mas esse receio não esfria as nossas intenções, por isso, abram os pára-quedas rapazes!
Mais duas coisas: estamos a tocar alto para caraças!!! Tenho de confessar que por vezes me lembro das minhas primeiras lides nestas andanças das bandas, deveria ter por aí uns 18 anos (meu deus, há quanto tempo...) e parecia que toda a gente andava a medir o tamanho dos pirilaus!!! A maneira como nessa altura procurávamos equilibrar o som da banda era tentar igualar o som do vizinho do lado, mesmo que já estivesse insuportavelmente alto. E lembro-me de alguns concertos que dei e lembrar-me da pena que tinha das pessoas que nos ouviam. Ouve alguns concertos memoráveis quanto a esse aspecto!
Bem, mas os tempos são outros e a maturidade também. Desta vez o nosso problema não tem a ver com as dimensões dos falos, mas com a dificuldade que ainda temos em controlar a excitação de tocar. Uma questão a resolver, sobretudo porque sinto muitas vezes que me esforço demasiado, condicionando a qualidade da performance, sobretudo porque não me ouço apesar de estar no vermelho...
Finalmente, a questão que mais me preocupa: temos um tema-problema, o "Eu morri". A coisa está ainda longe de soar, ao contrário do que parecia... ainda não acertámos com o tom da música, o tom que mais a favorecerá do ponto de vista da minha interpretação. Faltam acertar algumas pontas soltas e isso parece-me que só acontecerá com algum TPC.
O João jáestá a tratar das fotos. Sei que o está a fazer, algures por esse Mundo, pois foi para lugar incerto e levou com ele a câmara, o CD com as guias, e as letras dos temas. Se estiveres a ler isto, onde quer que estejas, espero que te estejas a divertir! Já te disse que a ideia é essa!
Vou tentar ainda esta semana falar com a empresa que nos vai fazer o site. Se conseguir só falta a maquetização do mesmo, bem como do book do CD, mas esse problema também já está salvaguardado.
Por isso, mantemos a ideia de ter tudo pronto até final do ano. Talvez a única coisa que possa atrasar isto seja a masterização, que ainda não definimos onde e com quem fazer.
Precisava era de mais tempo para outras coisas: fechar o conceito do clip e definir mais concretamente acções virais de divulgação do album uma vez pronto.
Tenho de deixar de dormir... de vez!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Pronto, está feito, quer dizer, vai-se fazer!!!
Temos estúdio reservado. Vamos passar a magia (como carinhosamente gostamos de chamar...) para disco. Vai acontecer na 1ª semana de Dezembro, pelo menos a maior parte do trabalho. Certamente que se prolongará para depois disso, mas acho que vamos ccumprir o nosso objectivo de ter o disco gravado até final do ano.
Já vos disse qual é a minha sugestão para o nome do álbum? Bem, ainda não tenho o ok do resto da banda... o melhor é esperar! Mas ai deles que não aprovem!!!!
Ainda temos de decidir onde fazer a masterização. Bem, temos algum tempo para decidir.
Acho que falo pelo resto do pessoal (bem, mas eles poderão falar por si próprios...): nunca mais nos rebentam as águas, agora que já não vamos podendo com o peso na barriga!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Não sei se nas escolas, hoje em dia, se debatem assuntos cívicos, mas acho que sim. Não sei se se dão conselhos sobre como prevenir as ocorrências que podem lesar a nossa integridade mas acho que sim. Não sei se os manuais escolares têm capítulos dedicados a estas matérias, mas acho que sim.

Num destes dias, gostava que se ensinasse aos miúdos, nas escolas, algo do género: "Se escrever, não beba!"...
Quero acreditar que não vou colocar nada em risco, mas tenho o futuro à minha frente.
Tenho responsabilidades, grandes, mas sinto que podemos ter uma palavra a dizer.
Tudo vai depender da forma como conseguirmos entregar as nossas músicas e da sorte indispensável no nascer de um projecto. Mas atenção! Nós procuramos a sorte, vamos ser audazes! Não ficaremos à espera, temos demasiado a perder.
Acredito que o nosso som pode agradar a um grupo bastante heterogéneo, acredito que temos de um pouco de tudo, boas musicas para o verão, boas músicas para o inverno, boas músicas para chorar, boas músicas para simplesmente para ouvir. Certamente alguns encontrarão outro grupo...
Por muito que percorra o panorama musical nacional, presente e passado, não encontro ninguém que tenha trilhado os caminhos que consideramos os nossos. Será que tentaram? Será que não existe viabilidade para este som?
Sinceramente, não acredito em estigmas.
Vamos desbravar caminho.
Uma união de 10 anos, ligada umbilicalmente pelo som, garante-me isso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dias importantes têm ocorrido...
E na vertigem dos acontecimentos vão ficando marcas agarradas à pele, definitivas. Hão-de se esfumar ao mesmo tempo que a carne, a pele e os ossos quando tudo o que restar for apenas uma boa história. Dou por mim a deixar-me levar cada vez mais pelo turbilhão dos momentos que marcam o meu mundo, mesmo descurando por vezes a observação de todos os outros astros que compõem a constelação. E isso faz com que me focalize e distingua cada vez melhor o essencial do acessório, a sintonia do ruído. Percebo que à medida que me concentro mais no meu mundo, o universo em volta vai encolhendo progressivamente. Por vezes, de tal maneira, que me custa respirar! Mas não vale a pena perder o fôlego nesta altura... transformo os satélites inertes e sem vida em cometas que rapidamente me desaparecem da vista, mesmo quando olho para eles de frente de olhos bem abertos, pobres coitados.
Que não me falte a pachorra, por vezes apenas sustentada por sorrisos congelados e músculos doridos. Ainda não chegou o tempo de me largar de vez no espaço sideral. Ainda não...

Estamos a fechar as pontas soltas do "Morri antes de tempo" e do "Sinto, logo existo". Temos uma pré-reserva num estúdio para gravarmos o álbum. Já tenho a ideia para o clip que vou procurar concretizar nos próximos dias.

Benditos satélites inertes e sem vida que me sustentam o vício... vou chupá-los até ao tutano!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Foi um turbilhão de sentimentos.

Nunca o tinha sentido até hoje, pelo menos com esta intensidade. A energia, a entrega, a cumplicidade “rockeira”… resolveram aparecer sem avisar durante cerca de uma hora.

Pena não ter dado para mais, mas outras obrigações sem graça nenhuma imperavam.

Durante a viagem Kazoo/Estoril, em plena A5, ri, chorei, cantei, buzinei, senti.

Irradiava felicidade!

Não tenho nada, nem quero tudo… apenas quero alcançar o tão desejado equilíbrio que me tem faltado. Só assim terei a certeza que passei por cá sem ter encarnado mais um personagem frustrado igual a tantos outros, sem ter tido a oportunidade e o crer de cumprir os seus ideais.

Será que serei julgado por isso? Que o seja.

Um bem haja a todos!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

No último ensaio tive uma certeza.
Nós somos uma Banda!
Isto dito desta forma, pode não parecer nada demais, mas quem me conhece sabe o grau de exigência que coloco no que faço e em quem trabalha comigo.
As músicas sairam fortes, com energia, dignas de serem partilhadas com todos.
Senti-me orgulhoso. Tive que partilhar.
O desafio que coloquei as nós próprios - Escuta activa - está a funcionar, soámos, e estamos a soar, como uma grande banda, unidos no som e na vontade.
Sinto-me orgulhoso.
Mãos


segunda-feira, 1 de outubro de 2007


Há momentos que deviam ser testemunhados. Não porque sejam verdadeiramente momentos especiais, mas porque os sentimos como tal, mesmo que a realidade seja o único elemento ilusório do cenário. Ontem, no ensaio, por razões que a razão não explica, senti uma energia diferente. Fez o som soar mais coeso, fez o súor sair mais em bica, fez com que hoje quase não consiga falar! A energia estava lá, definitivamente. Duvidam?