quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

As gravações do “Arquétipos da Alma” estão a terminar e conforme prevíamos no início, ultrapassámos as horas inicialmente agendadas. Mas esta 6ª feira dia 2 de Fevereiro fechamos o álbum: falta gravar a voz no “Não quero mais” e misturar este tema.
Depois precisamos de ouvir tudo com o máximo de distanciamento possível para efectuar as últimas alterações e avançarmos para a masterização. Em princípio no fim-de-semana de 9 e 10 de Fevereiro temos “a criança” nas mãos!
Foi um período extremamente interessante para nós, não só por tudo o que representou no que diz respeito à concretização dos nossos sonhos, mas também porque crescemos enquanto músicos: os ensaios ultimamente têm soado muito melhor, temos tocado com mais entrega e rigor e por isso acho que estamos preparados para dar o passo seguinte que será o de dar concertos… e depois fomos percebendo mais acerca do próprio processo de gravação o que nos ajudará a fazermos um trabalho ainda melhor no 2º disco.
Mas não pondo de parte a possibilidade de ainda virmos a ter apontamentos dignos de registo nos dias que nos faltam, acho que chegou a altura de fazer um apanhado de algumas pérolas linguísticas que marcarão a nossa história e que ficarão indelevelmente associadas a este processo. São expressões que passaram a fazer parte do nosso património e que deixo aqui para a posteridade:

- “Agora à primeira!” – expressão utilizada de cada vez que demorávamos mais de 10 takes para gravar qualquer excerto. Apenas tinha como propósito motivar o desgraçado que estivesse sobre os mirones de todos os outros…

- “Isto soa a antigo!” – o Abelho foi uma personagem inesquecível das noites longas que passámos em estúdio. O seu entusiasmo, os seus “repentes”, os saltos que dava na cadeira fizeram-nos sempre, pelo menos, esboçar sorrisos rasgados. Outras expressões típicas, também elas associadas a saltos violentos e esbracejares agitados são: “Fodasssse!” e “Tá do caralho!”

- “Tasse bem!” – foi sempre assim que o João Eleutério nos recebeu, ao vivo ou quando falávamos com ele pelo telefone. Para o João, sempre tranquilo e sereno, tasse sempre bem mesmo quando não se tasse…

- “Dá-lhe médios!” – citação de um técnico de som que trabalhou algures no tempo com os Cindy Kat. Pareceu-nos bem usá-la de cada vez que o som não soava bem como queríamos, sobretudo na guitarra.

- “Bobadela!!!” – passou a ser o local de todas as nossas performances imaginárias. Deve ser dito com o feeling de quem quer animar as hostes.

- “Eu detesto Queen, mas adoro Queen!” – mais uma pérola do Abelho perante a magia das vozes dobradas ou em harmonia, ou então era apenas o álcool a falar… também houve uma noite em que me disse que soava a Bowie (foi na gravação do Fim do Mundo): senti logo a química a acontecer entre nós :)

- “Bbblllrrrr!” – quando gravei o 1º take do “Eu morri” esqueci-me de parte da letra e saiu-me uma coisa deste género. Como gravámos esse take e ele nos acompanhou durante algum tempo, e porque ainda por cima tinha saído direitinho no tempo, ainda agora acho que o resto do pessoal da banda está sempre à espera que me engane de novo. Será que preferem isto à letra???

- “Fazer magia” – passou a ser a designação daquilo que fazemos. Também existem outras variações como “fazer a magia acontecer” ou “os mágicos estão à porta” para as vezes que ficámos à espera que o pessoal do estúdio chegasse

- “O som está numa bola” – ficámos fascinados com a capacidade do Abelho de imaginar os sons antes de ir à procura deles e depois de os dispor no espaço. Neste caso, o local onde a voz iria ficar era dentro de uma bola, ao centro, assim mais ou menos por cima do monitor LCD.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Eu sou a tua imagem
Sou uma sombra, uma miragem
Eu sou a tua sorte
O nó na garganta, o garrote
Eu sou quem vai estar por ti quando a escuridão chegar
Vais ver
Eu sou assim

O "Eu sou" está terminado!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

olá caros Flirts!Faltava eu! A mensagem que quero deixar é que tem sido tão bom trabalhar convosco. A cima de tudo somos uma banda!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008






Sim, tenho um novo software de edição de imagem e vídeo!!!
João, desculpa o que fiz às tuas fotos...

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Provavelmente a matéria de que são feitos os sonhos varia de pessoa para pessoa. No meu caso, acredito que grande parte deles é composta por sons.
Finalmente, ao fim deste tempo todo (nem sei bem a que tempo me refiro…) pareceu-me ter dado conta deles.
E se calhar o que me aconteceu foi o que normalmente acontece a quem se depara com os sonhos feitos coisa: senti-me como que paralisado, como se o corpo tivesse sido pregado ao chão com tachas feitas de emoção!

Não consigo bem explicar, pelo menos para já. Pode ser que depois consiga ser mais lúcido com as coisas que tenho sentido. Ou pode ser que não e deixe perpetuar este estado misto de deslumbramento e de vertigem.

Ponto de situação: fiz as vozes do “Tudo o que tenho a perder”, “Sinto, logo existo” e “Eu morri”. Começámos as misturas com estes temas (excepção feita ao “Eu morri”) e a “Estratosfera”.
O Paulo Abelho entrou em cena e tornou-se rapidamente uma personagem de destaque nesta história! É sem dúvida uma mais valia enorme nesta fase, com o seu ouvido apurado, a capacidade de arquitectar os espaços do som e o conhecimento técnico que possui. Além de que dá um gozo enorme vê-lo trabalhar… e deixar-se envolver pelos nossos temas. Arrisco-me a dizer que a coisa começa verdadeiramente a mexer com ele!!!

Agenda para os próximos dias: hoje revejo o “Eu morri” e se tudo correr bem fecho o “Eu sou”, pelo menos (espero ainda consigamos fechar o “Não quero mais”, tema no qual vamos fazer uma experiência: gravar “live” voz e guitarra. Amanhã, 3ª feira, retomamos a mistura pois o Abelho vai estar disponível e temos de aproveitar isso. Na 4ª terminamos as vozes, com o “Em cima de ti”.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Dois meses depois voltamos aos ensaios.
Neste momento temos que colocar o gig em pé, ensaiar, ensaiar, ensaiar.
O processo de gravação do nosso albúm ainda não acabou e já sinto saudades.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Portanto, já só faltam as vozes!!!
Infelizmente, só a partir de dia 12 é que consigo regressar ao estúdio. Entretanto, durante a próxima semana, o resto dos moços tratará de colocar as 2ªs vozes nas músicas que já gravei: "Culpado", "Deixa de me atormentar", "Num imenso céu voar", "Fim do Mundo" e "Estratosfera". Também pode ser que comecemos a tratar da mistura destes temas.

Espero que no final de Janeiro tenhamos tudo fechado; talvez se arraste um pouco mais a masterização...

Entretanto, por essa altura, a máquina já estará quase totalmente montada para o lançamento do álbum, da maneira como o concebemos. Ainda há muito trabalho pela frente e pouco tempo... Valha-nos o entusiasmo.

2008 vai ser o NOSSO ano!!! Não o digo de forma arrogante achando que vamos conquistar o Mundo ou coisa que o valha. Quem me vai conhecendo sabe que isso não é o mais importante! Mas dar forma ao sonho é algo que, infelizmente, poucos são aqueles que conseguem... e só essa concretização fará com que este ano fique na (nossa) história!!!

Tenho pensado onde é que o nosso som se encaixará, porque agora começo a ouví-lo com maior distanciamento (já falei disto aqui???). Em que "caixas" é que as pessoas o vão arrumar, porque todos nós arrumamos as coisas dessa forma...
Não sei, confesso que não sei. Sei, isso sim, e com uma consciência crescente à medida que vejo a "criança crescer", que temos o potencial de que alguém dê por nós. Sei que temos de vencer vários preconceitos: o nosso som, seja qual for o estilo, não me parece que seja o mais comum no nosso panorama musical; cantamos em português o que, incompreensívelmente para mim parece continuar fora de moda; já não somos gajos de 18 anos preocupados em fazer caras feias e cenas à rocker...
Mas temos cultivado o que, para nós é mais importante: estamos os 4 cada vez mais próximos, a tirar imenso gozo daquilo que fazemos e preocupados em criar algo que tenha significado. Não me canso de referir que sem a possibilidade de ter espaço para dar azo à componente artística da coisa, nada disto faria sentido. Por isso parece-me que dificilmente conseguiremos melhor do que agora, em que gravamos e produzimos o álbum às nossas custas sem interferência de quem pudesse ter outro tipo de interesses.