quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O arsenal utilizado na gravação.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007





Balanço: tirei 2 dias de férias e mais valia estar quieto... Não é que o que está feito esteja mal, mas soube a pouco.
Na 5ª gravei o "Culpado" e posso dizer que está muito bom!!! Grande música e a minha interpretação também não me parece estar nada mal... Numa sessão que demorou pouco mais de 2 horas, consegui ainda pôr os versos no "Sinto, logo existo" e no "Eu sou".
Na 6ª tinha previsto ir para estúdio, mas o João não pode e por isso cancelámos a sessão. Ainda bem, porque apanhei uma constipação e fiquei com a voz toda lixada!
No sábado, era para gravar todo o dia mas continuei mal. Ainda tentámos, mas parecia uma cana rachada, com muito pouca flexibilidade e a respiração afanada por um nariz quase totalmente obstruído!
Bem, fica para depois... não sei bem quando mas algo se há de arranjar.
Entretanto fechámos os solos (mas o Mário falará sobre o assunto, certamente) e começámos a misturar o "Culpado".
Podia ter sido melhor... mas também podia se pior: como balanço sai a noção, cada vez mais reforçada, que estamos a sacar um grande som!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Estamos a chegar à fase final!
Nos próximos dias iniciaremos a gravação das vozes e das malhas de guitarra em falta.

nunca mais chega o momento!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Já fazemos "algum" barulho no SOMXL, mas o granel ainda está para vir!!!

http://forum.somxl.com/index.php?showtopic=53256

Tal como o Mário também tenho escutado as gravações em looping. Realmente, acho que temos razões para ficar orgulhosos. Não digo isto a pensar no que os outros podem achar sobre o nosso som, mas porque penso estarmos a conseguir concretizar em forma de música aquilo que nos vai andando cá por dentro, e ver o sonho concretizado em forma de "fita" é mesmo uma emoção...
A partir de dia 20 volto a estúdio e até dia 23 tenho de ter tudo fechado. Nos intervalos esperamos terminar os solos de guitarra, e colocar as 2ªs vozes.

Ainda não vamos ter CDs para oferecer no Natal, mas tudo bem. O mais importante agora é mantermos o nível da gravação e apostarmos forte na mistura.
Já agora: talvez vamos fazer algumas "inovações" relativamente à masterização do álbum, mas quanto a isso falaremos depois de estarem garantidas.
Vamos lá fazer um ponto de situação...
Tenho escutado várias vezes por dia o nosso primeiro álbum, desta forma consigo ouvir as músicas com o distanciamento necessário e sem a emoção da descoberta. Tenho que o dizer, estou orgulhoso do trabalho que estamos a fazer, e também, porque não o dizer, estou orgulhoso do trabalho que fiz em algumas músicas.
O processo de gravação adoptado foi muito exigente, o facto de ter dobrado praticamente todas as guitarras, separar as harmonias, reforçar pormenores, e fazer exactamente a mesma coisa "mas agora em quintas" e "testa lá com aquela guitarra só para ver o que dá... " deixou-me de gatas.
Para estas sessões de estúdio decidi levar comigo 5 guitarras, duas delas foram fundamentais (Gibson e Jem), todas as outras foram também importantes, para o detalhe, quando era necessário um recorte diferente, para uma harmonia...

Após, quase, 40 horas de estúdio a gravar guitarras digo - ESTÁ ALTAMENTE!

Existem algumas frases que não me vão sair da cabeça no próximos tempos:
Após um take..."é isso mesmo! mas agora em bom".
Após mais um take "agora um à primeira"
“depois tentamos fazer a harmonia em quartas, quintas... sábados, domingos”

Resumidamente:
Gostava de voltar a gravar o “Em Cima de Ti”, considero que a música merece ficar muito boa, é uma música em que apostamos. Não é que esteja mal, mas, merece ficar maravilhosa, forte, pujante.
O “Não quero mais” ficou para fazer em simultâneo com a voz, vai ser giro.
O “Fim do mundo” merece um toquezinho....
Tudo o resto, DONE!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

O que é que eu estou aqui a fazer, irra!!!
Este domingo lá gravei mais 2 temas: o “Imenso céu voar” e o “Deixa de me atormentar” já têm as vozes principais, mas ainda falta bastante da minha parte… sempre que falo com o Mário ou o Freitas fico ambivalente: fico contente que estejam em estúdio por estes dias, a fechar o que tem de ficar pronto; mas por outro lado assola-me a angústia de não estar junto deles… acho que passámos àquela fase em que não vemos a hora de ter o menino nos braços. Claro que o processo continua a dar um gozo terrível, mas a expectativa é enorme agora, enquanto ouvimos os temas em versão “bruta” e tentamos imaginá-los depois de misturados.
Não vou dizer mais nada. Amuei!!!
Hoje deverá ser o último dia de gravação das guitarras.
Neste momento apenas faltam duas músicas, todas as outras (9) já estão.
Tem sido um experiência única, a calma com que estamos a fazer as coisas vai dar resultados.
Daqui a pouco volto para o estúdio, vou começar pelo "não quero mais", o "culpado" será a última musica a ser gravada.

até já

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Está a chegar a minha hora...

Durante os próximos 4 dias irei gravar todas as guitarras do nosso primeiro albúm.

Tenho as minhas meninas prontas, afinadas, lavadinhas e com cordas novas.

Foi muito bom poder ouvir as duas primeiras músicas completas. Deu para avaliar a qualidade do trabalho final, os sons utilizados e definição dos mesmos. Gostei muito do som da voz.


Vamos ao que interessa, o descanso está a acabar...



terça-feira, 4 de dezembro de 2007











Agora já se pode ver!!!




Noite de 3 para 4 de Dezembro: coloquei as vozes nos temas mais adiantados, o “Fim do Mundo” e a “Estratosfera”. Foi uma sessão boa, em pouco mais de 3 horas fechei os temas, dobrei as vozes (até 4, nalgumas partes) e ainda deu para fazer algumas experiências.
Este processo de gravação realmente ajuda a que tomemos consciência de alguns detalhes que fazem toda a diferença. Foi essa percepção que fez com que durante o processo introduzisse algumas alterações relativamente às métricas com que habitualmente cantava algumas frases, fizesse outro tipo de acentuações que facilitassem a pronúncia, e deixasse a música respirar mais a espaços.
A “Estratosfera” saiu mais para a frente: é um tema muito dinâmico (daqueles de fazer bater o pezinho) e com os novos pormenores de guitarra ganhou ainda mais dimensão melódica. A voz apenas tem de acompanhar o beat e mandar a coisa lá para cima (para a estratosfera, realmente…). O refrão e a bridge são para ser cantados no limite, não da intensidade da voz ou dos agudos que consigo dar, mas na sensação de ansiedade como se o ar me estivesse a faltar, rarefeito pelas alturas.
No “Fim do Mundo” consegui dar mais azo à interpretação, deixando a voz flutuar de forma melódica e conduzida. Este tema tem muito a ver com aquilo que marca bem, na minha opinião, o tipo de temas que eu e o Malhas temos construído ao longo dos anos: melodia vocal em cima de arranjos pesados!
Como já disse, dobrei as vozes várias vezes. Depois na mistura alguma coisa se irá passar e deixarei de soar ao “Coro de Santo Amaro de Oeiras”, como agora… estou imensamente curioso para ver o resultado final.
Penso que ainda há alguns acertos a fazer, nalgumas palavras… nada que não se faça! Faltam ainda as 2ª vozes, mas vamos esperar por tentar colocá-las com o Tiago e o Malhas (medo, medo…). As músicas, dessa forma, vão ainda ganhar outros focos de interesse nalguns apontamentos.
Não posso deixar de dizer que fui percorrido por uma enorme emoção quando ouvi os takes pela 1ª vez: mesmo sem mistura, mesmo sabendo que há acertos de pormenor a fazer, mesmo que faltem outros elementos para dar ainda mais vida a estes temas, reconheci-os. Passaram a viver, senti que ocupavam espaço na régie. Puseram as pernas do João e do Abelho a bater, causaram neles entusiasmo. Estamos a chegar lá, estou certo disso, ao sítio onde queríamos chegar. Seja lá onde isso for…

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007


Orgulho do caralho! É, basicamente, o resumo do que tenho para vos dizer.
Não consegui estar presente no fim-de-semana: a criança estava adoentada, a mãe também e eu, por manifesta incapacidade de me isolar numa qualquer estratosfera, acabei por ficar também. E porque ninguém merece levar com um "feedback emocional estridente" nos ouvidos e com uma tromba cabisbaixa na vista, optei por não ir.
Fá-lo-ei um destes dias, certamente. Porque quero sentir esse orgulho in loco, no arrepio da guitarra, no tremor da bateria, na contagem rítmica do baixo e na alma da voz. Quero senti-lo aí, onde vocês estão e eu não pude (ainda) estar, e não aqui longe, suspenso no endereço impessoal do URL.
Mas é com orgulho que vos escrevo. Um orgulho do caralho por ver a vossa satisfação a materializar-se em trabalho musical de qualidade, no qual todos acreditamos. Por ler as vossas palavras emocionadas - qual ansiedade pelo primeiro beijo na miúda mais gira da turma nos anos curtos e de inberbe memóriada da criancice -, por ver-vos felizes nesta realização. E por perceber que, apesar de toda essa emoção enebriante, antecipam e inibem profilaticamente a erecção infantil, pois é de gente crescida que somos feitos, e sabemos que algo menos que a perfeição é fruta verde.
Estou convosco mesmo que não me vejam. E com um orgulho do caralho.
Abraço.
M
O que é que eu estou a ganhar com tudo isto? Bem, pelo menos agora quando me fodem o juízo, faço um sorriso (ainda mais) rasgado!!!
Neste momento tenho uma certeza: Estamos a fazer um grande ALBÚM!
As gravações estão a decorrer da melhor forma possível, as músicas (e no fim é o que interessa) estão a ficar com a energia indispensável.
O som está a prometer, a bateria está com um bombo e uma tarola do caraças!!
O Baixo está lá, com um som bem recortado, sólido, pronto, disponível para deixar a sua marca.
A guitarra está a chegar, mas sobre isso agora não vou falar, apenas digo que até sonho com as gravações, mas tenho que fazer as coisas com calma para o produto final ser o desejado.
Tenho que fazer as coisas com método, com tino. Não posso queimar etapas, nem baixar na exigência. Erecções de teenager não são permitidas!
É muito bom estar a fazer as coisas com tempo, ontem pude testar coisas interessantes. Na gravação do ritmo do “fim do mundo” (como é obvio dobrei as guitarras) testei efectuar um take com a Gibson e outro com a JEM, não é que o produto final ficou à maneira! A diferença de timbre e recorte entre os dois instrumentos dá uma dimensão muito interessante ao trabalho rítmico.
Depois falo sobre a “Estratosfera”...
Agora só me apetece dizer:
“Ricardo, my friend, mete lá uma voz para começarmos a ficar com uma ideia da BIG PICTURE”
Balanço de 30 horas de estúdio: a bateria está terminada; o Freitas quer regravar a "Estratosfera" e falta o "Não quero mais" (estamos a testar uma versão alternativa deste tema); já temos guitarras ritmo (leia-se no plural, à vontade!!!) no "Fim do Mundo", "Estratosfera" e no refrão do "Eu sou".
Estamos a andar bem. Hoje o Freitas acaba o baixo e eu começo com as vozes das que estão mais adiantadas.
Acho que estamos a ficar com um grande som!!!

Ficam aqui algumas imagens desta viagem.

Eu e o Freitas a escutarmos um take. Estava um frio do caraças naquele estúdio...
O Malhas e a sua carinha laroca.
O Kit de bateria, também conhecido por "estaminé"!
O set de guitarra. O granel era indiscrítivel, deixem-me que vos diga...
O João Eleutério, o homem por detrás da máquina, neste caso do ProTools.



O Tiago, aka Sacristão, a fazer pose!!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Só para mostrar a minha satisfação: hoje finalmente vou conseguir ir para o estúdio. O Freitas deve estar por esta hora a gravar e vamos todos encontrar-nos por lá noite dentro.
Durante o fim-de-semana já espero pôr umas vozitas...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cheguei ao estúdio por volta das 14.30.
O ambiente era óptimo, cinco pessoas de volta do kit da bateria, micros, tripés, cabos, o habitual nestes processos. Achei melhor não estorvar.
Entreguei os “miminhos” ao Freitas e ao Tiago, o “miminho” era uma t-shirt com a seguinte frase “Eu sou um mágico dos FLIRT”. O sorriso deles disse tudo. Gostaram
Comecei a tirar fotos...
Pelas 16.10 estava tudo pronto para o trabalho propriamente dito. Após alguns ajustes no raio de um timbalo que teimava em ter um harmónico a disparar com o bombo, afinação da tarola um tom a cima.

16h e 14 minutos

primeiro take do “Em cima de Ti” – tempo 110 Bpms
Senti-me orgulhoso ao ver o Tiago a começar a esculpir as nossas musicas
O rapaz é sólido.
Dois takes. 2 copy pastes e tá feito
Próxima - eu morri.
A Guia está com uma bridge fora de tempo. Irra!. Vou trabalhar para o portátil nas guias.

Mudamos de música - Sinto logo existo

Neste momento constato que fomos pouco rigorosos com as guias.
Devia ter sido mais exigente com as gravações, o processo de escuta não foi o melhor. A rever.

Balanço do Primeiro dia – óptimo trabalho, o som da bateria está a ficar como queremos.
8 horas de estúdio, 5 temas gravados.


Segundo dia de gravações.

Juntei-me à secção rítmica depois de jantar. Os rapazes estavam felizes mas cansados.
Durante a tarde o Tiago tinha feito uma óptima sessão de trabalho . Apenas faltam duas músicas, exactamente aquelas que têm de ser entregues com o mood correcto.
Tudo o resto estava ok, muito bem tocado e com o feeling certo.
VAMOS FAZER GRANDE TRABALHO!
A pedido levei a guitarra e portátil. Estava pronto para trabalhar.
Trabalhamos no "Culpado" e no "Tudo o que tenho a perder", a primeira ficou despachado a segunda necessita do distanciamento que apenas os dias podem proporcionar.
Sexta estamos lá. Durante a tarde de sexta, iniciaremos as sessões de baixo, à noite, ponto de situação e resto da bateria (já disse que apenas falta uma musica?).

o Tiago vai poder dizer "Eu sou um MÁGICO dos FLIRT"

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Dia 27 de Novembro:
- a construcção do site arrancou oficialmente; passei o briefing à empresa que vai colaborar connosco e até ao final da semana propõe-nos orçamentos e estrutura de como a coisa vai ficar montada
- a maquete do booklet do CD começou a ser feita. Ainda está numa fase inicial mas já serviu para aguçar o apetite... quando o conceito criativo estiver mais "fechado", servirá de base para o ambiente que iremos dar ao site
- ganhámos mais um elemento para a banda: o João parece estar verdadeiramente entusiasmado com o projecto e segundo ele, tem já uma colecção de fotos muito interessante. Não duvido, dado o seu talento. Espero verdadeiramente que esteja disposto a conhecer-nos cada vez melhor e a fazer deste projecto algo que lhe dê verdadeiro gozo. Se quiserem ficar a conhecer daquilo que ele é capaz, vão a http://www.youtube.com/watch?v=FrceudL9A-Q&feature=related

Bem, mas o mais importante não é isto que está aqui. Mas isso vou deixar para quem foi testemunha. Infelizmente não pude assistir ao arranque da gravação... o Porto é uma naçãum (raios'parta!!!)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Hoje, dia 26 de Novembro é o dia 1.
Passa pouco depois da meia-noite, e queria deixar registado qualquer coisa que marcasse o momento, que ficasse gravado para além da memória que sei, mais dia menos dia, me há-de atraiçoar.
Vamos hoje para estúdio, começar as gravações do “Arquétipos da Alma”. Sim, este será o nome do nosso primeiro álbum, e mais tarde poderei falar um pouco sobre a razão pela qual se chamará assim.
Mas hoje não, hoje quero deixar registadas parte das coisas que sinto. Parte apenas, pois o turbilhão é imenso e coisas há que estão para lá da explicação, ou da minha capacidade de as transpôr em palavras.
Sinto que começa hoje um marco na minha vida (gosto mais da palavra em inglês, milestone...). Não me refiro ao que pode acontecer a partir daqui e por isso não estou a pensar nas portas que se abrirão agora que metemos a chave na fechadura; nem estou a pensar em revoluções que podem fazer destituir o rumo das coisas instituídas como estão.
Falo sobretudo do momento em si, despojado das pontes para o passado e para o futuro. Sim, é isso, falo do presente.
No conjunto escasso das coisas que recordarei no final dos meus dias, se a isso me for dada a oportunidade, sei que este momento vai constar. Mesmo que outros venham, tão ou mais arrebatadores, este momento será sempre inabalável.
Nunca senti o desejo de deixar o meu ADN, que não este, neste mundo. Sei que o mundo ainda está de costas voltadas para mim e pode ser que assim fique, surdo aos gritos que emano cá do fundo. Mas as sementes que lanço agora para a terra vão ficar por cá, sofrer metamorfoses, crescer à custa da passagem do tempo e dos elementos. Contra tudo e contra todos, o meu ADN vai fazer parte da cadeia de acontecimentos que hão de vir, mesmo que não sejam a carne e o sangue a dar-lhe forma.
Se posso fazer melhor?
Claro que posso fazer melhor!!!
É aliás essa a certeza que me mantém o alento perante a rotina, e os olhos postos no horizonte, conduzindo os meus passos.
Os padrões com que dou colorido às músicas ainda não são os que quero dar. Falta-me o espaço e a autonomia que as folhas em branco me dão sempre a ilusão de ter. Na poesia sinto ainda pouca liberdade de movimentos e espero que as feridas, os sorrisos, os arrepios, o calor, o choro e o riso me consigam dar mais habilidade para ser mais profundo com as palavras.
Mas estas vão já ficar por cá, enquanto outras não ofuscarem o seu brilho. Este ADN vai fazer com que morra de pé como as árvores, mesmo que toda a gente me tente derrubar.
Sei que na palidez das coisas feitas, desbotadas pelo brilho das que hão de vir, hei de conseguir, pelo menos em alguém, arrebatar um sorriso que seja. Só isso vai valer a pena.
Quando nos metemos nestas coisas a que gostamos de chamar arte, descobrimos no processo, que afinal o nosso ADN perdura nos outros. Tal como quando temos um filho. O ADN que perdurará na Terra para lá do nosso tempo não são as músicas ou as palavras que fazemos: são as emoções que despertamos nos outros, a vontade que geramos nos outros de nos deixar entrar, nem que seja por momentos, nos seus mundos. E uma vez lá dentro, esses mundos nunca mais serão os mesmos.
Vou forçar a entrada. Tenho procurado fazer isto a vida toda, e agora chegou o momento de o assumir.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Contagem decrescente: na próxima 2ª feira, dia 26 começamos as gravações.
Contagem crescente: de entusiasmo, energia, paixão...

Contagem decrescente: para materializarmos a nossa criação
Contagem crescente: de novas ideias, de outras ideias, dos próximos passos...

Raios partam que a cabeça não consegue ficar sossegada!
Ainda bem!!!

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Novidades: as datas de gravação foram antecipadas e está tudo fechado com o pessoal do estúdio; este sábado vamos passar todo o dia a ensaiar e a regravar algumas guias que necessitam de acertos, sobretudo ao nível dos tempos em que as queremos deixar; o "Sinto, logo existo" está uma música do caraças; o "Eu morri" finalmente está a soar, logo na altura em que já considerava deixá-la de parte para outras núpcias (ideia que hoje está posta de lado); as 2ªs vozes começam a soar melhor e a fazer com que os refrões de alguns temas ganhem novos pontos de interesse; o Freitas tem um novo baixo (mas disso falará ele, se entender).

Estou animado, portanto!!! E tal como eu, acho que respiramos um clima de excitação, aumentado pelo facto de termos antecipado a gravação.

Vamos ter um grande álbum!!!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Queria dizer a todos os fãs, espalhados por esse mundo fora, que têm acompanhado de perto este blog e as aventuras nele contidas, o meu obrigado. É a vossa cumplicidade que nos faz mover com um sorriso nos lábios. E dizer-vos também para não desesperarem, pois dentro em breve poderão aceder à materialização deste projecto.
Mantenham-se atentos.



I would like to say to all the fans all over the world, the ones that have been near us following the adventures reported in this blog, thank you very much. You are the ones that keep us going with a smile on our faces because of all the support we get from you. I would also like to ask you not to despair, because soon enough you will be able to see this project come to live.
Stay tuned.
Obrigado amigo. Andarei por aí a deambular nas oportunidades que me fores dando enquanto 5º elemento, desta forma despreocupada, meio atípica talvez, mas sincera, que já me reconheces...
Alimentarei de palavras a tua voz enquanto o quiseres e enquanto me sentir digno de tal honra. Não o saberia fazer de outra forma. Como disseste um destes dias, estamos juntos na arte e, indubitavelmente, será sempre esta a nossa razão de ser e comprovativo desejado da nossa existência....e o que sabemos fazer, queremos fazer, mesmo que ousem não nos deixar! Estamos cá para a luta porque ambos sabemos no que acreditamos, e esse crer é assustadoramente mais forte e poderoso que quaisquer ameaças inócuas daqueles que estarão noutro comprimento de onda.
Por isso, e por tudo o resto, é que receio a escrita a duas mãos! Estaremos prontos para criar algo cuja dimensão poderá ser mesmo inexplicável para os mortais e que nos tente a relativizar as palavras escritas a apenas uma mão?! Poderemos criar um monstro que jamais saibamos domar ou aprisionar? Deve ser o problema típico das ménages... por mais que nos esforcemos por ser justos, há sempre alguem que acabamos por foder mais! Abraco.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

São inúmeras as vezes que questiono: “alguém, para além de nós, lê o nosso blog?”

Como não sou uma pessoa de fé, necessito de um sinal.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mais uma coisa: ontem esteve lá o Mário. Finalmente, cabrãozolas!!!
O Mário é o 5º elemento desta banda, ele e o mundo é que ainda não sabem!
Neste álbum as letras de 2 temas, o "Culpado" e o "Num imenso céu voar" são dele. E são letras fabulosas.
Quero muito que esta colaboração se mantenha, por duas razões: sou completamente fã da forma como ele escreve, e encaro os seus textos (que não só as suas letra) como altamente inspiradores; e porque acho que este projecto vai dar ainda mais gozo se podermos envolver alguns dos nossos amigos especiais a partilhar connosco a viagem. Esta não pode ser uma viagem solitária e mesmo a 4 pareceremos sempre poucos, digo eu.
Tenho muitas vezes (demasiadas, talvez) as ganas de assumir montes de coisas ao mesmo tempo, do ponto de vista da criatividade em torno disto: fazer as letras, fazer as fotos, fazer os textos, fazer isto e aquilo, fazer trinta por uma linha... e confesso que me tenho controlado para deixar arejar a coisa com ventos vindos de fora. E o que é um facto é que também retiro muito gozo dessa brisa refrescante.
Mário, és sempre bem vindo. Espero continuar a poder dar voz às coisas que escreves e que considero inspiradoras. Já sabes que não vais ser para nós como o "Carlos Tê" é para o "Rui Veloso", porque sabes que também faço questão de pintar as músicas com a minha palete de cores. Mas tu percebes isso, como percebes melhor do que a maior parte dos mortais com quem me cruzo as coisas que me passam pela cabeça e a pessoa que eu sou. E por isso sabes que a escrita é uma paixão que vai assumindo uma dimensão na minha vida, assutadora por vezes. Uma paixão que partilhamos.
Nunca fizémos foi uma ménage à trois! Já tentámos mas ainda não concretizamos o acto. Pode ser que um dia destes...
Vamos pôr as coisas por partes: sinto-me novamente a entrar em forma, depois de uma infecção na garganta e de um mês inteiro com tosse seca... daí vir dos ensaios como se tivesse sido "recarregado" de energia. Bem, por acaso a coisa é mais complexa do que isso: sinto que dispendo imensa energia (devo emagrecer em cada ensaio umas gramitas) mas parece que recebo essa energia de volta. Como se ela saísse pela boca e voltasse a entrar pelos ouvidos, num movimento circular que flui com a cadência dos temas.
Não consigo pôr as coisas noutros termos, mesmo que por vezes a coisa não saia na perfeição: energia! É nisso que os Flirt se estão a tornar e isso agrada-me imenso.
Sinto também que se calhar estamos a ficar um pouco mais ansiosos com o aproximar da data da gravação. Mais preocupados com os pormenores que por vezes ainda oscilam de ensaio para ensaio; com os finais e algumas passagens. Acho que começamos a olhar para o que aí vem como quem olha para um abismo. Estamos todos com vontade de cair e receosos com a noção de não retorno. Bem, mas esse receio não esfria as nossas intenções, por isso, abram os pára-quedas rapazes!
Mais duas coisas: estamos a tocar alto para caraças!!! Tenho de confessar que por vezes me lembro das minhas primeiras lides nestas andanças das bandas, deveria ter por aí uns 18 anos (meu deus, há quanto tempo...) e parecia que toda a gente andava a medir o tamanho dos pirilaus!!! A maneira como nessa altura procurávamos equilibrar o som da banda era tentar igualar o som do vizinho do lado, mesmo que já estivesse insuportavelmente alto. E lembro-me de alguns concertos que dei e lembrar-me da pena que tinha das pessoas que nos ouviam. Ouve alguns concertos memoráveis quanto a esse aspecto!
Bem, mas os tempos são outros e a maturidade também. Desta vez o nosso problema não tem a ver com as dimensões dos falos, mas com a dificuldade que ainda temos em controlar a excitação de tocar. Uma questão a resolver, sobretudo porque sinto muitas vezes que me esforço demasiado, condicionando a qualidade da performance, sobretudo porque não me ouço apesar de estar no vermelho...
Finalmente, a questão que mais me preocupa: temos um tema-problema, o "Eu morri". A coisa está ainda longe de soar, ao contrário do que parecia... ainda não acertámos com o tom da música, o tom que mais a favorecerá do ponto de vista da minha interpretação. Faltam acertar algumas pontas soltas e isso parece-me que só acontecerá com algum TPC.
O João jáestá a tratar das fotos. Sei que o está a fazer, algures por esse Mundo, pois foi para lugar incerto e levou com ele a câmara, o CD com as guias, e as letras dos temas. Se estiveres a ler isto, onde quer que estejas, espero que te estejas a divertir! Já te disse que a ideia é essa!
Vou tentar ainda esta semana falar com a empresa que nos vai fazer o site. Se conseguir só falta a maquetização do mesmo, bem como do book do CD, mas esse problema também já está salvaguardado.
Por isso, mantemos a ideia de ter tudo pronto até final do ano. Talvez a única coisa que possa atrasar isto seja a masterização, que ainda não definimos onde e com quem fazer.
Precisava era de mais tempo para outras coisas: fechar o conceito do clip e definir mais concretamente acções virais de divulgação do album uma vez pronto.
Tenho de deixar de dormir... de vez!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Pronto, está feito, quer dizer, vai-se fazer!!!
Temos estúdio reservado. Vamos passar a magia (como carinhosamente gostamos de chamar...) para disco. Vai acontecer na 1ª semana de Dezembro, pelo menos a maior parte do trabalho. Certamente que se prolongará para depois disso, mas acho que vamos ccumprir o nosso objectivo de ter o disco gravado até final do ano.
Já vos disse qual é a minha sugestão para o nome do álbum? Bem, ainda não tenho o ok do resto da banda... o melhor é esperar! Mas ai deles que não aprovem!!!!
Ainda temos de decidir onde fazer a masterização. Bem, temos algum tempo para decidir.
Acho que falo pelo resto do pessoal (bem, mas eles poderão falar por si próprios...): nunca mais nos rebentam as águas, agora que já não vamos podendo com o peso na barriga!

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Não sei se nas escolas, hoje em dia, se debatem assuntos cívicos, mas acho que sim. Não sei se se dão conselhos sobre como prevenir as ocorrências que podem lesar a nossa integridade mas acho que sim. Não sei se os manuais escolares têm capítulos dedicados a estas matérias, mas acho que sim.

Num destes dias, gostava que se ensinasse aos miúdos, nas escolas, algo do género: "Se escrever, não beba!"...
Quero acreditar que não vou colocar nada em risco, mas tenho o futuro à minha frente.
Tenho responsabilidades, grandes, mas sinto que podemos ter uma palavra a dizer.
Tudo vai depender da forma como conseguirmos entregar as nossas músicas e da sorte indispensável no nascer de um projecto. Mas atenção! Nós procuramos a sorte, vamos ser audazes! Não ficaremos à espera, temos demasiado a perder.
Acredito que o nosso som pode agradar a um grupo bastante heterogéneo, acredito que temos de um pouco de tudo, boas musicas para o verão, boas músicas para o inverno, boas músicas para chorar, boas músicas para simplesmente para ouvir. Certamente alguns encontrarão outro grupo...
Por muito que percorra o panorama musical nacional, presente e passado, não encontro ninguém que tenha trilhado os caminhos que consideramos os nossos. Será que tentaram? Será que não existe viabilidade para este som?
Sinceramente, não acredito em estigmas.
Vamos desbravar caminho.
Uma união de 10 anos, ligada umbilicalmente pelo som, garante-me isso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Dias importantes têm ocorrido...
E na vertigem dos acontecimentos vão ficando marcas agarradas à pele, definitivas. Hão-de se esfumar ao mesmo tempo que a carne, a pele e os ossos quando tudo o que restar for apenas uma boa história. Dou por mim a deixar-me levar cada vez mais pelo turbilhão dos momentos que marcam o meu mundo, mesmo descurando por vezes a observação de todos os outros astros que compõem a constelação. E isso faz com que me focalize e distingua cada vez melhor o essencial do acessório, a sintonia do ruído. Percebo que à medida que me concentro mais no meu mundo, o universo em volta vai encolhendo progressivamente. Por vezes, de tal maneira, que me custa respirar! Mas não vale a pena perder o fôlego nesta altura... transformo os satélites inertes e sem vida em cometas que rapidamente me desaparecem da vista, mesmo quando olho para eles de frente de olhos bem abertos, pobres coitados.
Que não me falte a pachorra, por vezes apenas sustentada por sorrisos congelados e músculos doridos. Ainda não chegou o tempo de me largar de vez no espaço sideral. Ainda não...

Estamos a fechar as pontas soltas do "Morri antes de tempo" e do "Sinto, logo existo". Temos uma pré-reserva num estúdio para gravarmos o álbum. Já tenho a ideia para o clip que vou procurar concretizar nos próximos dias.

Benditos satélites inertes e sem vida que me sustentam o vício... vou chupá-los até ao tutano!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Foi um turbilhão de sentimentos.

Nunca o tinha sentido até hoje, pelo menos com esta intensidade. A energia, a entrega, a cumplicidade “rockeira”… resolveram aparecer sem avisar durante cerca de uma hora.

Pena não ter dado para mais, mas outras obrigações sem graça nenhuma imperavam.

Durante a viagem Kazoo/Estoril, em plena A5, ri, chorei, cantei, buzinei, senti.

Irradiava felicidade!

Não tenho nada, nem quero tudo… apenas quero alcançar o tão desejado equilíbrio que me tem faltado. Só assim terei a certeza que passei por cá sem ter encarnado mais um personagem frustrado igual a tantos outros, sem ter tido a oportunidade e o crer de cumprir os seus ideais.

Será que serei julgado por isso? Que o seja.

Um bem haja a todos!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

No último ensaio tive uma certeza.
Nós somos uma Banda!
Isto dito desta forma, pode não parecer nada demais, mas quem me conhece sabe o grau de exigência que coloco no que faço e em quem trabalha comigo.
As músicas sairam fortes, com energia, dignas de serem partilhadas com todos.
Senti-me orgulhoso. Tive que partilhar.
O desafio que coloquei as nós próprios - Escuta activa - está a funcionar, soámos, e estamos a soar, como uma grande banda, unidos no som e na vontade.
Sinto-me orgulhoso.
Mãos


segunda-feira, 1 de outubro de 2007


Há momentos que deviam ser testemunhados. Não porque sejam verdadeiramente momentos especiais, mas porque os sentimos como tal, mesmo que a realidade seja o único elemento ilusório do cenário. Ontem, no ensaio, por razões que a razão não explica, senti uma energia diferente. Fez o som soar mais coeso, fez o súor sair mais em bica, fez com que hoje quase não consiga falar! A energia estava lá, definitivamente. Duvidam?



quarta-feira, 26 de setembro de 2007


Pegando nas palavras sábias, desse ser maravilhoso... não me lembro do seu nome: "a vida é código binário, um dia zero outro dia 1".
Esta verdade indesmentível, que foi barbaramente transformada na piada dos electricistas (interruptores, certo? Boa!), é uma constante da nossa existência.
Isto só para dizer que: Estou em grande forma! Estou motivado! EU SOU!

terça-feira, 25 de setembro de 2007


Gravarmos os ensaios em DVD é muito bom! Vai permitir-nos corrigir alguns problemas de postura. Eu às vezes pareço este aqui de cima...

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O nome "Flirt" surgiu numa das viagens que habitualmente faço no final de cada semana, em direcção a Lisboa. Foi no dia 18 de Maio e soou-me tão bem que me lembro de ter enviado um SMS ao Malhas, algures no caminho.
Não consigo explicar de uma forma totalmente racional o que pode traduzir este nome, no contexto da banda. E não chega assumir que se trata de um dos meus passatempos favoritos, conforme confessei nesse SMS...
Gosto da sonoridade, do facto de ser um termo universal, de ser sexy. Mas também gosto de pensar que pode representar muito mais que tudo isso. Acho que a nossa música é sexy! Se calhar mais sensual que sexy... sei lá! O que eu acho é que na aparente aspereza da nossa música existe sedução, intimismo e profundidade. Coisas que identifico com o termo Flirt! As paixões são assim, violentas, duras, sofridas. Têm menos a ver com tranquilidade e silêncio. As paixões arrebatam-nos como a violência dos decibéis quando saem com emoção. E é possível fazê-lo, sacando-os da garganta, dos pedaços de madeira com cordas ou das peles batidas. Às vezes fazêmo-lo, sei disso. Nem sempre. Mas as paixões também são fugazes e por isso tão intensas. E andamos sempre à procura de as sentir, mesmo sabendo do risco de apenas nos iludirem por instantes.
Estou apaixonado!!!
Foi isso que quis dizer ao Malhas, naquele SMS no dia 18 de Maio...
Uma semana inteira sem rock'n'roll... visão do inferno! Estou a ficar doente com isto!!!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vem aí a Musicália.
Lá vai o meu GAS disparar.
Para não correr riscos e como sou um gajo atinado, decidi levar a minha querida esposa e os meus adoráveis filhos à FIL. Assim, não troco o carro por uma PRS e além disso começo a semear e preparar o futuro... O natal vem aí e temos de começar a pensar nisso! Com calma, pois a minha filha é de boa memória, irei passa uma mensagem ou outra "estás a ver aquela guitarra ali? o pai gosta muito... diz à mãe que é uma boa prenda para o Natal".

Um grande abraço para a malta da Musifex que vai enviar 5 convites para a familia Malhas e amigos!
Isto é uma grande notícia!

" 12.09.2007 - 11h19 PUBLICO.PT

Dezanove anos depois em Londres Led Zeppelin voltam a tocar juntos Depois do reencontro dos Police e dos Genesis, agora é a vez dos Led Zeppelin. Dezanove anos depois do último concerto, a lendária banda "rock" dos anos 70 vai voltar a subir aos palcos. O regresso é anunciado hoje em Londres pelo promotor do grupo.
Segundo a BBC, o concerto deverá coincidir com o lançamento de uma nova colectânea de êxitos (“Mothership”) em Novembro. Robert Plant, Jimmy Page e Jonh Paul Jones, ícones do "rock" para várias gerações, vão subir a palco com Jason Bonham, filho do mítico baterista "Bonzo".Com a morte de Jonh Boham em 1980 a banda separou-se e só voltou a actuar por mais duas vezes: em 1985 no Live Aid e em 1988 no aniversário da gravadora Atlantic."
Tone Generator
Que coisa mais linda!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

A beleza da simplicidade.

Ó Rolhas, olha que está mesmo à maneira.
Não queres ir tirar mais umas?
Parece inofensivo... mas não o é.
É o trigger para a salvação!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Fónix!!! Estou com umas dores de garganta que não lembra...
Tudo se resume a TONE.
Nós somos, e sempre fomos, uma Banda Rock.
Como gostamos de dizer: Rock com um toque de esquizofrenia.
O principal desafio que tenho à minha frente é arranjar o TONE ideal para ajudar, através dos sons da minha guitarra, a transmitir tudo o que as nossas músicas significam.
Procuro versatilidade, procuro modernidade mas acima de tudo procuro um bom som.
Uma coisa é certa, nós guitarristas somos perseguidos, como é que posso ter aquele TONE se estão sistematicamente a dizer que estou alto?
De uma coisa estou inocente, eu não tenho culpa de as válvulas renderem mais quando o volume está alto.
Ainda vai chegar o dia que vou ouvir: “Malhas, mete isso no berro! Mete lá aquele TONE que me faz ficar mais magro”!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Retomámos os ensaios e como se esperava, comecei a semana todo roto... sono em atraso, viagem dolorosa, mas sorriso nas beiças!!!


Porém a coisa está ainda um pouco em "banho-maria" o que me deixa doente. À partida para a semana já terei contactos para fazer porque é essencial agendarmos as coisas até à gravação. Além de que isso vai impulsionar ainda mais (será possível?) o nosso entusiasmo!!!

Na semana que passou já fizemos um ponto de situação com as guias e de facto algumas coisas precisam de ser revistas. Mais TPC para o Malhas primeiro e para nós depois... mas a coisa está alinhada com o que pretendemos nesta fase do projecto.

Um destes dias conto aqui outras coisas que me vão apetecendo, porque mais do que tornar isto num diário (numa altura em que as novidades escasseiam) pretendo abrir o coração para um conjunto de coisas que dão forma a este projecto. Coisas para a posteridade, a história até aqui, coisas de quimica...
O desafio desta semana é a escuta activa.

Se há coisa que me chateia quando estamos a tocar é as coisas não estarem na batata.
Durante os próximos meses e até à gravação do Álbum, sim é um álbum!, serei um homem numa missão: fazer dos Flirt uma grande banda.
A matéria-prima está lá – as músicas – mas podemos não conseguir. Existem riscos e obstáculos à nossa frente.
A maturidade sonora (o que distancia as boas bandas das banda de garagem) é o nosso principal desafio.
Temos alguns pontos a nosso favor: a idade, a vontade, a experiência (sim, a experiência, acho que posso dizer isto, se considero a idade uma vantagem...), mas, a nossa principal virtude é a clareza no raciocínio.
Para atingirmos o nosso objectivo é fundamental escutarmos activamente, o mesmo que fazemos quando estamos numa conversa interessante.
Só desta forma conseguiremos captar os diversos inputs que nos circundam quando comungamos aquele momento de magia. Assim é possível!
Os Flirt são (somos) uma bola de energia quando estão coesos.
É isto que eu quero partilhar e deixar para a posteridade.

É bom estar de volta.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Esta semana vou mais cedo para Lisboa o que é bom pois podemos retomar os trabalhos ainda antes do ensaio de domingo. Lá vou voltar à rotina de regressar ao Porto à meia-noite, todos os domingos e começar a semana todo roto... Abençoada rotina!!!

Na 5ª vou estar com o Malhas para acertarmos todos os pormenores pendentes relativamente às guias: ver o que falta, o que necessita ser regravado, onde queremos melhorar "a orquestração", quais os sons que iremos utilizar e em que partes dos temas, e outras alterações que esta qualidade de ouvinte fez entretanto realçar.
Tomaremos decisões depois disso.

Estou desejoso para recomeçar os ensaios (nota-se?). Preciso de retomar a forma e deixar de soar a "cana rachada", e se bem me conheço ainda vou precisar de algum tempo para isso acontecer. Acontece-me sempre o mesmo quando fico muito tempo sem cantar... não chegam as sessões no carro, entre destinos (as viagens Porto-Lisboa-Porto são particularmente didácticas neste aspecto). Às vezes penso nas figuras que faço ao volante e quem me vir deve achar, por vezes, que me está a dar um treco. Isto para não falar do volume que já percebi vai muito para além dos limites da viatura (maldito isolamento!).
Mas para além dos ensaios o carro é definitivamente o local de treino. Pobres vizinhos se tivessem de levar comigo. Às vezes, ao fim-de-semana e se estou sozinho em casa, lá têm de ouvir a ópera quase completa do Jesus Christ Superstar, que acho deliciosa de cantar: um (ou vários) registo(s) rock onde se pode praticar a interpretação... inspirado pela própria peça. Para quem não sabe, um dos moços que cantava nesta obra foi o Ian Gillian 8interpretou a peça em cena em Londres e Nova Iorque) , uma das minhas maiores referências em termos vocais. Isto para além dos mais conhecidos, Ted Neeley e Carl Anderson.
Ok, pode-vos parecer um pouco piroso... e curioso no meu caso, que sou o verdadeiro ateu: mas experimentem ouvir o Ted cantar o Gethsemane e depois digam lá se isto não é um portento. Este é um tema que adoro cantar e que quando estou em forma acho que faço umas gracinhas (só para aguçar a curiosidade...)

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Estamos de volta (melhor dizendo estou de volta...) se bem que ainda não ao trabalho! Os ensaios estão marcados já a partir de Setembro, e aí sim, a magia vai voltar a acontecer :)

O Freitas deve estar a gravar o baixo nas guias, nos temas em falta; o Tiago deve andar por esse país a tocar; e o Malhas imagino-o à sombra da videira, a beber uns belos copos de alvarinho fresquinho com o belo do petisco.

Eu que vim cheio de vontade de retomar o processo, também não tenho estado parado. Conforme referi anteriormente vamos alterar os planos iniciais que eram de tratarmos em exclusivo da produção do álbum. Em vez disso, vamos querer contratar um produtor e avançar para estúdio. Penso que os temas merecem esta forte aposta na captação de um registo de qualidade profissional, abaixo disso será apenas mais um registo... e desses já vou tendo uma colecção aprecíavel.

Já tenho os contactos de quem nos pode dar orientações para isto se concretizar, pois para evitar a repetição de más experiências anteriores, desta vez temos de apostar bem na selecção das parcerias.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Oi, directamente da India. Nao levem a mal isto ir mal escrito, mas por estas bandas os teclados nao tem acentos...
Nao vos vou falar sobre as minhas ferias: para isso talvez tenham de ir a outro sitio... mas apenas queria deixar registadas 2 reflexoes.

A primeira e a de que tomamos algumas decisoes radicais relativamente ao processo que vamos seguir para a gravacao final dos temas. Entre SMS trocados com o Malhas, ficou definido que vamos seguir um caminho diferente do inicialmente previsto, obviamente que para melhor. Nao vou para ja adiantar qual sera, porque primeiro prefiro fechar algumas ponas soltas antes de dar a coisa como definitiva. Mas na minha cabeca as principais decisoes estao tomadas, restando agora a parte mais operacional.

A segunda coisa que queria dar conta tem a ver com algumas experiencias musicais que fui tendo por aqui. Nao, nao fui a nenhuma rave em Goa, apesar de ter andado por la... falo sobretudo da musica etnica e dos instrumentos tradicionais, que sobretudo nas zonas mais rurais ecoam um pouco por todo o lado. Sao realmente outras tonalidade de som, hipnoticas, e que me fizeram recear fechar os olhos com medo que me levassem para outro lado qualquer. Para alem dos instrumentos de corda e de sopro, talvez os mais conhecidos, fiquei sobretudo fascinado com a percussao e os ritmos que conseguem tirar dos batuques. Na minha cabeca nao conseguia deixar de imaginar quanto ficariam bem, muitos deles (os mais upbeat), com uma guitarra electrica do seu lado. Percebo aqui cada vez melhor o fascinio que estes sons causaram em tantos musicos que admiro. Lembro-me como nao poderia deixar de ser, sobretudo do Jimmy Page: tive um flashback brutal, numa das minhas viagens. Parei num castelo, agora convertido em hotel, numa meio de uma terra perdida no mapa. O castelo tinha um patio enorme, onde fazia um calor de fazer suar as estopinhas. Por detras de uma porta estavam dois tipos, cegos por sinal (?) a tocar percussao. Um deles cantava no estilo tradicional, o que dava um cariz ainda mais magico a toda a cena. Senti aquilo quase como uma recriacao espacial de um episodio do "No Quarter", quando o Jimmy Page e o Robert Plant interpretam o "City dont't cry" acompanhados por outros musicos locais. Imagino que deva ter sido em Marrocos, mas acreditem em mim: os seus espiritos e definitivamente os seus sons, andavam por ali!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Pronto, já ouvi as guias! Não de todos os temas, mas quase…
As conclusões são difíceis de tirar para já: percebo agora, na prática, que este processo vai mesmo ser “doloroso” até conseguirmos um registo de qualidade sonora apreciável. Mas não encaro isso com frustração: na fase me que nos encontramos, dê lá por onde der, a coisa vai mesmo ter de rolar!!! Estou tão determinado, que mesmo que fosse o único, arrastaria o pessoal todo atrás de mim!
Uma coisa é certa: mesmo com o som de guias (mal misturado, com inputs sem grande qualidade de som, etc.) ouvir os temas com o distanciamento de não os estar a interpretar, faz-me continuar a acreditar que temos aqui um conjunto de material muito interessante.
O desafio passará não só por conseguirmos ter um bom som, mas garantir que a energia que se sente quando os tocamos “ao vivo” se consegue captar com os microfones… se calhar arranjar um bom som afinal vai ser fácil, ao pé disto!!!
Pela parte que me toca, a audição dos temas vai permitir que comece a delinear a melhor forma de acertar os detalhes. Isto é verdade ao nível da interpretação, bem como ao nível das próprias letras: sem querer desvirtuar o seu sentido original, há pequenas arestas que ainda quero limar.
Vou estar as próximas 3 semanas de férias, na Índia. Vou levar as guias comigo (viva o iPod) para que a chama se mantenha acesa com esta intensidade. Atendendo aos meus gostos musicais primordiais, ir à Índia nesta fase não deixa de ter um significado simbólico curioso (para dizer o mínimo). Foi lá que algumas das minhas referências mais antigas encontraram a inspiração para se recriarem. Já sabem de quem é que estou a falar?
Tenho mais motivos (felizmente) para querer regressar... mas este é sem dúvida um dos mais importantes. Voltar a tocar com os Flirt, retomar o processo de gravações, sentar-me com eles e definir o caminho a seguir, são das âncoras mais fortes que por cá deixo.
Admito!
Até já.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sábado passado fui assistir a um concerto fabuloso. O Steve Hogarth, actual vocalista dos Marillion deu um concerto no espaço Servartes, aqui no Porto. Foi uma performance altamente intimista: devíamos estar umas 50 pessoas na sala, ele, o piano e o Mac.
Foi uma experiência religiosa: ele não só é um excelente cantor (já agora, também toca piano lindamente), como sobretudo consegue INTERPRETAR os temas, algo que nem todos os vocalistas são capazes de fazer. O ambiente era informal. Perguntava ao público quais os temas que queriam que tocasse, enquanto entre as músicas lia excertos do seu diário (daí estar lá o Mac...) ou contava histórias de quando alucinou com cogumelos numa festa com os Marillion, numa altura em que estavam retirados para gravar.
Tudo estava no ponto, portanto. As velas espalhadas pelo palco (?) e pela sala ajudavam a tornar ainda mais intímo o ambiente.
Estou a contar-vos isto não só por causa do concerto em si, mas por aquilo que ele representou. Mais do que uma série de canções, este tipo veio entregar-se nas mãos do público. Não era só a forma como cantava, com os sentimentos todos a afinarem-lhe as notas na garganta, mas a forma aberta com que se deu a conhecer, as histórias que contava acerca dos temas. E isto foi para mim muito especial porque tem muito a ver com a forma como encaro a coisa.

O que pretendemos fazer não é um conjunto de músicas. Mais do que isso, este projecto só me faz sentido se puder expôr um conjunto de sentimentos e experiências pelas quais temos passado. Por exemplo, não pretendo desvendar todo o significado implícito das letras que faço. Isso seria limitar o gozo da descodificação. Mas não consigo imaginar escrever sobre outras coisas que não sejam coisas minhas. No fim, como peças de um puzzle, ficarão a saber mais alguma coisa sobre mim. Acho que se não o quisesse partilhar, não transpunha nada para o papel nem lhe procurava dar voz.
O que pretendo partilhar não são necessariamente experiências arrebatadoras. Aliás, mesmo que contadas na primeira pessoa, elas não são necessariamente autobiográficas (daí os mistérios por desvendar se manterem); por vezes são coisas semelhantes aquelas fotografias que não damos muita atenção quando passamos por elas no álbum das memórias. Mas ficaram com uma cor especial, uma luz que marca um momento, um sorriso que valeu a pena registar. Nada mais do que isso.
Quando se passa a fronteira da competição, e se acha que a produção artística é mais do que produção, começamos a perceber que o verdadeiro encanto está muitas vezes nos retratos das coisas simples.
Ainda vou tendo dificuldade em fazê-lo. Normalmente sou invadido pelo sentimento de que as letras que escrevo não dão conta do recado, não transparecem tudo aquilo que gostava de contar acerca do assunto. Mas, entre outras coisas, ainda me resta a voz. E essa, pode sempre ajudar a contar o que ficou por dizer. Só é pena ser ainda mais difícil do que passar tudo para o papel. Ainda bem que existes, Steve!!! E ainda bem que me convidaste para te ouvir!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Emocionado e sensibilizado... é assim que me sinto após o convite feito pelo Malhas e pelo Raco, para que integre os Flirt enquanto "5º elemento"...
...segundo eles, deste "5º" espera-se apenas uma contribuição informal, mas eu não a vejo sem ser profissional: um embaixador que fala mas não discursa, um tenor que "sobe ao palco" mas não canta, um coscuvilheiro que "mexe" mas não "toca"... em suma, alguém que, omnipresente quando não presente, contribui de alguma forma para a missão subjacente a este projecto e que todos os seus elementos abraçaram sem reservas...
Conheço ainda pouco da sua música (isso tem de mudar rapidamente!), algumas das suas lyrics (por razões que têm a ver com o facto de ser autor de um par delas...) e apenas dois dos seus 4 membros originais... mas a qualidade humana e musical destes dois amigos é enorme (acredito que a dos outros 2 sê-lo-á também ), o que me leva a aceitar de caras este compromisso e responsabilidade camuflados de convite amigável e despretensioso...
Consciente de que nada ainda fiz ou dei, estou porém emocionalmente vinculado a uma participação real mais activa e meritória... batam-me com força se não cumprir!
Um abraço e até já.
Mário Batista

O Tiago está em gravações.
Neste momento estão a avançar os restantes 6 temas do albúm.
Os trabalhos estão a avançar de acordo com o previsto, a vontade de efectuar um grande trabalho é uma constante.
O resultado promete.
Over & out
Flirt

quarta-feira, 18 de julho de 2007


Ora porra! tá confirmado!
Tenho um canal lixado.
O meu quase vintage quad está com um canal nas lonas.
Após chegar em glória dos EUA, numa embalagem que tinha servido de bola de futebol, é na calma do lar que se sente mal...
E logo o canal 1... aquele do gostinho especial.
porra!
Malhas

terça-feira, 17 de julho de 2007

Estou lixado!!! Afinal vai demorar mais algum tempo até poder ouvir as guias... mas preciso delas antes das férias!
Ontem já comecei a contactar alguns estúdios aqui no Porto. Espero que me respondam aos mails porque quando regressar das férias, em Setembro, quero começar a gravar.

Falei com o Tiago. A "bola" está do lado dele e convenci-o a enviar-me um CD por correio. Parece que ficou bem impressionado com a 1ª audição das guias, ou seja, daqui para a frente vai fechar os temas que lhe faltam. Senti-o super entusiasmado, o que é óptimo!

Falou-me em particular do "Eu Sou", visto que verdadeiramente, foi a 1ª vez que ouviu como vai ficar o final alterado. Este foi um tema que eu e o Malhas sempre considerámos um pouco "esquizofrénico", não tanto pela letra (que também ajuda a dar-lhe este mote) mas também pelos diferentes ambientes que tem. Se calhar nas versões iniciais esta característica estava mais marcada do que agora, mas com esta alteração do final acho que retomámos essa onda.
Realmente este tema, bem como o "Fim do Mundo", são dos nossos mais antigos mas mesmo assim dos mais emblemáticos. Penso que reunem uma coisa que distingue o nosso som: algumas sonoridades "pesadas" com uma melodia de voz pouco convencional e num registo nada gutural (desculpem , mas tinha de usar esta expressão. É uma private joke que um dia destes revelo...).

Já percebi que o "Sinto, logo existo" vai ficar para depois das férias, pois parece-me importante que o revisitemos enquanto banda, agora que já tem letra e melodia de voz. Há sobretudo espaços que ainda é preciso criar, deixá-la respirar mais. Tenho as ideias na cabeça, mas ainda não tive a oportunidade de as partilhar de forma clara. Tenho pena, pois é um tema que desejo fervorosamente ver concluído. Para além do significado que tem para mim, parece-me representar um sinal claro de que as músicas que temos feito recentemente estão potentíssimas, o que augura boas perspectivas daqui para a frente.

Não sei se é desta sensação de ver as coisas a tomarem forma, mas a minha cabeça não pára de ter ideias. A maior parte delas tem um prazo de validade muito curto, mas outras ficam em carteira... Nota-se que estou desejoso de que a coisa aconteça???

Tenho pensado isto não se deve apenas a uma questão de narcisismo, e contrariando o politicamente correcto, acho que sim. O que é certo é que para além da opinião dos elementos da banda, estou a marimbar-me para a de todos os outros. Termos o álbum gravado não me vai servir para o agitar à frente dos olhos de ninguém; acho que apenas o vou usar para massajar o ego!!!

Mas a confiança no que estamos a fazer não me deixa ter ilusões: enquanto produto, acho que estamos a criar uma coisa interessante, que ainda é capaz de agradar a muita gente. Tenho estado mais atento ao panorama musical português, pois confesso que querendo fazer parte dele o desconheço quase por completo. E continuo a sentir algo semelhante ao que há muitos anos atrás me atravessava o espírito quando via no canal 2 o Pop-Off (lembram-se?): será que é assim tão difícil juntar o alternativo ao audível? Não defendo que a criação artística deva ser exclusivamente encarada como um produto, mas se as bandas querem vender (e é só dessas a que me refiro) têm de ter uma postura diferente da que aqui advogo: têm de deixar de ser narcisistas.

Felizmente para mim que essas aflições não me atingem. Não quero vender nada do que façamos.

Agora, se alguém quiser comprar...

Raco

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Pois é, as guias estão feitas. Foi um fim-de-semana muito produtivo, pois não só fechámos alguns temas onde ainda faltavam a Guitarra e o Baixo, como também consegui pôr voz em todas elas. Bem, quase todas, porque há ainda 2 temas que falta terminar.

Publicamente peço desculpas aos meus vizinhos pelo berreiro, mas soube-me imensamente bem cantar o dia todo! Comecei a gravar por volta das 10h (para me vingar do vizinho do lado que tem um puto que berra logo pela fresquinha) e quando dei por mim já eram quase 16h... acho que o que me despertou foram os roncos do estômago, pois até me esqueci de comer. Uns flocos e um cafezinho e goelas bem abertas!

Gostei de voltar a gravar. Acho que o que conseguimos fazer nestes 2 dias dá já uma base de trabalho apreciável, mas ao mesmo tempo ajuda a ter uma perspectiva do trabalho que ainda temos pela frente. Sobretudo eu, quando vier de férias. Quero começar logo a trabalhar nos registos definitivos dos temas. Para já vai ser bom ouvir as guias e começar a preparar o caminho, no que toca a questões finas de afinação, mas sobretudo de interpretação. Gosto disso!!!

Outras das coisas boas que aconteceram foi a decisão de fazer do "Fim do Mundo" o nosso "single". É uma música que julgo representa bem o nosso som, e sobretudo dá um gozo terrível ouvir. Além desta, o "Deixa de me atormentar" também continua a soar muito bem. É uma balada que se calhar vai agradar a outros públicos, mas tem muita força.

Bem, mas para já quero concentrar-me em desenvolver um conceito criativo para realizarmos um clip para o "Fim do Mundo". Também já iniciámos alguns contactos com quem nos pode ajudar nesta matéria.

Estou desejoso de ver o resultado das guias, pois vim para o Porto sem um CD... mas se a qualidade estiver "audível", isso é óptimo para continuar a mobilizar algumas pessoas para este projecto, para as quais ainda não passa de uma coisa intangível. Com um primeiro registo dos temas vai ser possível começar a passar algum ambiente a meia dúzia de pessoas que fomos convidando a participar nesta fase de arranque. Isto claro, se a qualidade estiver minimamente, caso contrário apenas os espantaremos...

Vamos também aproveitar este registo para registar (finalmente) os temas na SPA. Aí qualidade não é relevante.

Quando o Malhas me enviar os MP3s, conto-vos o que me pareceu...

Raco
14 de Julho de 2007 uma data importante.
Finalizámos as guias instrumentais para gravação da bateria.
Durante os próximos dias a bola estará no campo do Tiago.

Malhas

quinta-feira, 12 de julho de 2007

O descanso antes da tempestade.
O processo podia ser mais fácil. Não tenho qualquer dúvida.
Quando temos todas as condições para pensar e repensar um assunto temos tendência para amolecer, e perder a energia e o repentismo indispensável para criar um grande momento.
Tenho a certeza, está a ficar qualquer coisa de especial.
Considero o Fim do Mundo fechado!

Malhas

quarta-feira, 11 de julho de 2007

O nascimento e a concepção são momentos diferentes. Hoje, com este blog, estamos a dar sinais de vida. A concepção já nem sei quando foi, não porque a memória me falhe mas porque realmente não a consigo situar no tempo. Terá sido há um ano ou há dez???
A "criança" apenas está a dar sinal de vida. Mas ainda tem a vida pela frente... podem acompanhar os primeiros passos, o primeiro amor, a primeira desilusão. Podem entrar à vontade e ajudar a criança a nascer.
Como um pai babado, olho para a criança e acho-a a mais bela. Antevejo um futuro brilhante à sua frente. Estou certo que pelo menos aos meus olhos vai ser sempre uma criança especial, mesmo que mais ninguém o reconheça.
Sou definitivamente um pai orgulhoso desta criança há muito desejada.
Como um album de recordações para a posteridade, convidamo-vos a acompanhar o que aí vem, esperando pelo menos tocar ao de leve as vossas vidas, com um arrepio ou um estremecimento.
Não vos vou contar tudo sobre a criança pois senão apenas a ficariam a conhecer pelos meus olhos. Como qualquer outra pessoa, esta criança é muito mais do que aparenta, por isso o gozo da descoberta será muito mais reconfortante do que o da revelação.
Fiquem connosco!!!

Raco