Amanhã é o dia 0 destes FLIRT renascidos, mas para nós a jornada já vai longa. O lançamento do disco acontece quase 1 ano depois de ter sido gravado, e o tempo, pelo menos para mim, passou bastante devagar.
Foi assim porque teve de ser. Montar a banda e tratar da promoção são temas que consomem enormes doses de energia, a quem as tem de repartir por uma série de outras actividades. Mas ainda bem que é assim...
Este projeto, que surgiu de um sonho e se tornou numa inevitabilidade, tem conseguido alimentar-se a ele próprio: a nossa determinação em fazer apenas o que nos vai na alma sem cedências, aliado ao facto de termos apostado em elevar a fasquia a todos os níveis (dentro do limite das nossas capacidades artísticas e financeiras) têm sido suficientes para nos manter entretidos.
Mas não sei como será daqui para a frente, sei apenas que hoje (no dia -1) não estou tão seguro que tudo se manterá como antes.
Sempre tenho dito que os FLIRT fazem sentido para mim mesmo que mais ninguém os entenda ou aprecie. A realização pessoal e o sentimento de concretização são suficientemente recompensadores. Mas sinto que agora precisamos do combustível que vem de fora, do público. De testar se a dimensão da nossa expectativa e realização têm eco nos outros.
Não sei se o dia 0 vai ser bom ou não. Estou certo que mesmo não sendo, iremos continuar apostados em fazer valer os que se seguirão. Mas sinto que é disto que precisamos agora: perceber se estamos a dar suficientemente aos outros para receber em troca a vontade de continuar a persistir.
Se isso não acontecer restará sempre a sensação de dever cumprido: o dever de ter dado tudo de mim por dar sentido à vida que imaginei ter. E é a pensar nisso, no significado que tudo isto tem para mim, que irei pisar o palco amanhã, nesta nova primeira vez!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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