terça-feira, 29 de março de 2011

Muitos antropólogos e filósofos, entre outros, fizeram um enorme esforço para definir a essência do humano. Uma velha definição essencialista, a de Aristóteles, fez escola: «o Homem é um animal racional». Será? Se a racionalidade é a essência do humano, tenho razões para desconfiar da minha humanidade, e da de muitos outros à minha volta. Tanta coisa irracional que já fiz... Prefiro pensar noutra essência do humano. Que parem todos os filósofos, antropólogos e outros intelectuais profissionais no seu nobre esforço, que nós descobrimos a solução: a essência do humano é o flirt! Que actividade mais especificamente humana há do que o flirt? Vão dizer-me que o ziguezaguear da corte que muitos machos da natureza fazem às suas fêmeas é um flirt? Naaah. Isso é programação biológica. Flirtar não é aquilo. Flirtar é aquilo que nos torna mais humanos. Quem não provar o sabor do flirt não provará o melhor que temos para dar e receber de nós próprios e dos outros. Flirtem. Flirtem muito. Ao som de Flirt, de preferência.

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