sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Oi, directamente da India. Nao levem a mal isto ir mal escrito, mas por estas bandas os teclados nao tem acentos...
Nao vos vou falar sobre as minhas ferias: para isso talvez tenham de ir a outro sitio... mas apenas queria deixar registadas 2 reflexoes.

A primeira e a de que tomamos algumas decisoes radicais relativamente ao processo que vamos seguir para a gravacao final dos temas. Entre SMS trocados com o Malhas, ficou definido que vamos seguir um caminho diferente do inicialmente previsto, obviamente que para melhor. Nao vou para ja adiantar qual sera, porque primeiro prefiro fechar algumas ponas soltas antes de dar a coisa como definitiva. Mas na minha cabeca as principais decisoes estao tomadas, restando agora a parte mais operacional.

A segunda coisa que queria dar conta tem a ver com algumas experiencias musicais que fui tendo por aqui. Nao, nao fui a nenhuma rave em Goa, apesar de ter andado por la... falo sobretudo da musica etnica e dos instrumentos tradicionais, que sobretudo nas zonas mais rurais ecoam um pouco por todo o lado. Sao realmente outras tonalidade de som, hipnoticas, e que me fizeram recear fechar os olhos com medo que me levassem para outro lado qualquer. Para alem dos instrumentos de corda e de sopro, talvez os mais conhecidos, fiquei sobretudo fascinado com a percussao e os ritmos que conseguem tirar dos batuques. Na minha cabeca nao conseguia deixar de imaginar quanto ficariam bem, muitos deles (os mais upbeat), com uma guitarra electrica do seu lado. Percebo aqui cada vez melhor o fascinio que estes sons causaram em tantos musicos que admiro. Lembro-me como nao poderia deixar de ser, sobretudo do Jimmy Page: tive um flashback brutal, numa das minhas viagens. Parei num castelo, agora convertido em hotel, numa meio de uma terra perdida no mapa. O castelo tinha um patio enorme, onde fazia um calor de fazer suar as estopinhas. Por detras de uma porta estavam dois tipos, cegos por sinal (?) a tocar percussao. Um deles cantava no estilo tradicional, o que dava um cariz ainda mais magico a toda a cena. Senti aquilo quase como uma recriacao espacial de um episodio do "No Quarter", quando o Jimmy Page e o Robert Plant interpretam o "City dont't cry" acompanhados por outros musicos locais. Imagino que deva ter sido em Marrocos, mas acreditem em mim: os seus espiritos e definitivamente os seus sons, andavam por ali!

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