segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Vamos pôr as coisas por partes: sinto-me novamente a entrar em forma, depois de uma infecção na garganta e de um mês inteiro com tosse seca... daí vir dos ensaios como se tivesse sido "recarregado" de energia. Bem, por acaso a coisa é mais complexa do que isso: sinto que dispendo imensa energia (devo emagrecer em cada ensaio umas gramitas) mas parece que recebo essa energia de volta. Como se ela saísse pela boca e voltasse a entrar pelos ouvidos, num movimento circular que flui com a cadência dos temas.
Não consigo pôr as coisas noutros termos, mesmo que por vezes a coisa não saia na perfeição: energia! É nisso que os Flirt se estão a tornar e isso agrada-me imenso.
Sinto também que se calhar estamos a ficar um pouco mais ansiosos com o aproximar da data da gravação. Mais preocupados com os pormenores que por vezes ainda oscilam de ensaio para ensaio; com os finais e algumas passagens. Acho que começamos a olhar para o que aí vem como quem olha para um abismo. Estamos todos com vontade de cair e receosos com a noção de não retorno. Bem, mas esse receio não esfria as nossas intenções, por isso, abram os pára-quedas rapazes!
Mais duas coisas: estamos a tocar alto para caraças!!! Tenho de confessar que por vezes me lembro das minhas primeiras lides nestas andanças das bandas, deveria ter por aí uns 18 anos (meu deus, há quanto tempo...) e parecia que toda a gente andava a medir o tamanho dos pirilaus!!! A maneira como nessa altura procurávamos equilibrar o som da banda era tentar igualar o som do vizinho do lado, mesmo que já estivesse insuportavelmente alto. E lembro-me de alguns concertos que dei e lembrar-me da pena que tinha das pessoas que nos ouviam. Ouve alguns concertos memoráveis quanto a esse aspecto!
Bem, mas os tempos são outros e a maturidade também. Desta vez o nosso problema não tem a ver com as dimensões dos falos, mas com a dificuldade que ainda temos em controlar a excitação de tocar. Uma questão a resolver, sobretudo porque sinto muitas vezes que me esforço demasiado, condicionando a qualidade da performance, sobretudo porque não me ouço apesar de estar no vermelho...
Finalmente, a questão que mais me preocupa: temos um tema-problema, o "Eu morri". A coisa está ainda longe de soar, ao contrário do que parecia... ainda não acertámos com o tom da música, o tom que mais a favorecerá do ponto de vista da minha interpretação. Faltam acertar algumas pontas soltas e isso parece-me que só acontecerá com algum TPC.
O João jáestá a tratar das fotos. Sei que o está a fazer, algures por esse Mundo, pois foi para lugar incerto e levou com ele a câmara, o CD com as guias, e as letras dos temas. Se estiveres a ler isto, onde quer que estejas, espero que te estejas a divertir! Já te disse que a ideia é essa!
Vou tentar ainda esta semana falar com a empresa que nos vai fazer o site. Se conseguir só falta a maquetização do mesmo, bem como do book do CD, mas esse problema também já está salvaguardado.
Por isso, mantemos a ideia de ter tudo pronto até final do ano. Talvez a única coisa que possa atrasar isto seja a masterização, que ainda não definimos onde e com quem fazer.
Precisava era de mais tempo para outras coisas: fechar o conceito do clip e definir mais concretamente acções virais de divulgação do album uma vez pronto.
Tenho de deixar de dormir... de vez!!!

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