terça-feira, 17 de julho de 2007

Estou lixado!!! Afinal vai demorar mais algum tempo até poder ouvir as guias... mas preciso delas antes das férias!
Ontem já comecei a contactar alguns estúdios aqui no Porto. Espero que me respondam aos mails porque quando regressar das férias, em Setembro, quero começar a gravar.

Falei com o Tiago. A "bola" está do lado dele e convenci-o a enviar-me um CD por correio. Parece que ficou bem impressionado com a 1ª audição das guias, ou seja, daqui para a frente vai fechar os temas que lhe faltam. Senti-o super entusiasmado, o que é óptimo!

Falou-me em particular do "Eu Sou", visto que verdadeiramente, foi a 1ª vez que ouviu como vai ficar o final alterado. Este foi um tema que eu e o Malhas sempre considerámos um pouco "esquizofrénico", não tanto pela letra (que também ajuda a dar-lhe este mote) mas também pelos diferentes ambientes que tem. Se calhar nas versões iniciais esta característica estava mais marcada do que agora, mas com esta alteração do final acho que retomámos essa onda.
Realmente este tema, bem como o "Fim do Mundo", são dos nossos mais antigos mas mesmo assim dos mais emblemáticos. Penso que reunem uma coisa que distingue o nosso som: algumas sonoridades "pesadas" com uma melodia de voz pouco convencional e num registo nada gutural (desculpem , mas tinha de usar esta expressão. É uma private joke que um dia destes revelo...).

Já percebi que o "Sinto, logo existo" vai ficar para depois das férias, pois parece-me importante que o revisitemos enquanto banda, agora que já tem letra e melodia de voz. Há sobretudo espaços que ainda é preciso criar, deixá-la respirar mais. Tenho as ideias na cabeça, mas ainda não tive a oportunidade de as partilhar de forma clara. Tenho pena, pois é um tema que desejo fervorosamente ver concluído. Para além do significado que tem para mim, parece-me representar um sinal claro de que as músicas que temos feito recentemente estão potentíssimas, o que augura boas perspectivas daqui para a frente.

Não sei se é desta sensação de ver as coisas a tomarem forma, mas a minha cabeça não pára de ter ideias. A maior parte delas tem um prazo de validade muito curto, mas outras ficam em carteira... Nota-se que estou desejoso de que a coisa aconteça???

Tenho pensado isto não se deve apenas a uma questão de narcisismo, e contrariando o politicamente correcto, acho que sim. O que é certo é que para além da opinião dos elementos da banda, estou a marimbar-me para a de todos os outros. Termos o álbum gravado não me vai servir para o agitar à frente dos olhos de ninguém; acho que apenas o vou usar para massajar o ego!!!

Mas a confiança no que estamos a fazer não me deixa ter ilusões: enquanto produto, acho que estamos a criar uma coisa interessante, que ainda é capaz de agradar a muita gente. Tenho estado mais atento ao panorama musical português, pois confesso que querendo fazer parte dele o desconheço quase por completo. E continuo a sentir algo semelhante ao que há muitos anos atrás me atravessava o espírito quando via no canal 2 o Pop-Off (lembram-se?): será que é assim tão difícil juntar o alternativo ao audível? Não defendo que a criação artística deva ser exclusivamente encarada como um produto, mas se as bandas querem vender (e é só dessas a que me refiro) têm de ter uma postura diferente da que aqui advogo: têm de deixar de ser narcisistas.

Felizmente para mim que essas aflições não me atingem. Não quero vender nada do que façamos.

Agora, se alguém quiser comprar...

Raco

1 comentário:

Mário Batista disse...

Menino...não queres vender, eh?!?