terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Noite de 3 para 4 de Dezembro: coloquei as vozes nos temas mais adiantados, o “Fim do Mundo” e a “Estratosfera”. Foi uma sessão boa, em pouco mais de 3 horas fechei os temas, dobrei as vozes (até 4, nalgumas partes) e ainda deu para fazer algumas experiências.
Este processo de gravação realmente ajuda a que tomemos consciência de alguns detalhes que fazem toda a diferença. Foi essa percepção que fez com que durante o processo introduzisse algumas alterações relativamente às métricas com que habitualmente cantava algumas frases, fizesse outro tipo de acentuações que facilitassem a pronúncia, e deixasse a música respirar mais a espaços.
A “Estratosfera” saiu mais para a frente: é um tema muito dinâmico (daqueles de fazer bater o pezinho) e com os novos pormenores de guitarra ganhou ainda mais dimensão melódica. A voz apenas tem de acompanhar o beat e mandar a coisa lá para cima (para a estratosfera, realmente…). O refrão e a bridge são para ser cantados no limite, não da intensidade da voz ou dos agudos que consigo dar, mas na sensação de ansiedade como se o ar me estivesse a faltar, rarefeito pelas alturas.
No “Fim do Mundo” consegui dar mais azo à interpretação, deixando a voz flutuar de forma melódica e conduzida. Este tema tem muito a ver com aquilo que marca bem, na minha opinião, o tipo de temas que eu e o Malhas temos construído ao longo dos anos: melodia vocal em cima de arranjos pesados!
Como já disse, dobrei as vozes várias vezes. Depois na mistura alguma coisa se irá passar e deixarei de soar ao “Coro de Santo Amaro de Oeiras”, como agora… estou imensamente curioso para ver o resultado final.
Penso que ainda há alguns acertos a fazer, nalgumas palavras… nada que não se faça! Faltam ainda as 2ª vozes, mas vamos esperar por tentar colocá-las com o Tiago e o Malhas (medo, medo…). As músicas, dessa forma, vão ainda ganhar outros focos de interesse nalguns apontamentos.
Não posso deixar de dizer que fui percorrido por uma enorme emoção quando ouvi os takes pela 1ª vez: mesmo sem mistura, mesmo sabendo que há acertos de pormenor a fazer, mesmo que faltem outros elementos para dar ainda mais vida a estes temas, reconheci-os. Passaram a viver, senti que ocupavam espaço na régie. Puseram as pernas do João e do Abelho a bater, causaram neles entusiasmo. Estamos a chegar lá, estou certo disso, ao sítio onde queríamos chegar. Seja lá onde isso for…

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