Esta semana vou mais cedo para Lisboa o que é bom pois podemos retomar os trabalhos ainda antes do ensaio de domingo. Lá vou voltar à rotina de regressar ao Porto à meia-noite, todos os domingos e começar a semana todo roto... Abençoada rotina!!!
Na 5ª vou estar com o Malhas para acertarmos todos os pormenores pendentes relativamente às guias: ver o que falta, o que necessita ser regravado, onde queremos melhorar "a orquestração", quais os sons que iremos utilizar e em que partes dos temas, e outras alterações que esta qualidade de ouvinte fez entretanto realçar.
Tomaremos decisões depois disso.
Estou desejoso para recomeçar os ensaios (nota-se?). Preciso de retomar a forma e deixar de soar a "cana rachada", e se bem me conheço ainda vou precisar de algum tempo para isso acontecer. Acontece-me sempre o mesmo quando fico muito tempo sem cantar... não chegam as sessões no carro, entre destinos (as viagens Porto-Lisboa-Porto são particularmente didácticas neste aspecto). Às vezes penso nas figuras que faço ao volante e quem me vir deve achar, por vezes, que me está a dar um treco. Isto para não falar do volume que já percebi vai muito para além dos limites da viatura (maldito isolamento!).
Mas para além dos ensaios o carro é definitivamente o local de treino. Pobres vizinhos se tivessem de levar comigo. Às vezes, ao fim-de-semana e se estou sozinho em casa, lá têm de ouvir a ópera quase completa do Jesus Christ Superstar, que acho deliciosa de cantar: um (ou vários) registo(s) rock onde se pode praticar a interpretação... inspirado pela própria peça. Para quem não sabe, um dos moços que cantava nesta obra foi o Ian Gillian 8interpretou a peça em cena em Londres e Nova Iorque) , uma das minhas maiores referências em termos vocais. Isto para além dos mais conhecidos, Ted Neeley e Carl Anderson.
Ok, pode-vos parecer um pouco piroso... e curioso no meu caso, que sou o verdadeiro ateu: mas experimentem ouvir o Ted cantar o Gethsemane e depois digam lá se isto não é um portento. Este é um tema que adoro cantar e que quando estou em forma acho que faço umas gracinhas (só para aguçar a curiosidade...)
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Estamos de volta (melhor dizendo estou de volta...) se bem que ainda não ao trabalho! Os ensaios estão marcados já a partir de Setembro, e aí sim, a magia vai voltar a acontecer :)
O Freitas deve estar a gravar o baixo nas guias, nos temas em falta; o Tiago deve andar por esse país a tocar; e o Malhas imagino-o à sombra da videira, a beber uns belos copos de alvarinho fresquinho com o belo do petisco.
Eu que vim cheio de vontade de retomar o processo, também não tenho estado parado. Conforme referi anteriormente vamos alterar os planos iniciais que eram de tratarmos em exclusivo da produção do álbum. Em vez disso, vamos querer contratar um produtor e avançar para estúdio. Penso que os temas merecem esta forte aposta na captação de um registo de qualidade profissional, abaixo disso será apenas mais um registo... e desses já vou tendo uma colecção aprecíavel.
Já tenho os contactos de quem nos pode dar orientações para isto se concretizar, pois para evitar a repetição de más experiências anteriores, desta vez temos de apostar bem na selecção das parcerias.
O Freitas deve estar a gravar o baixo nas guias, nos temas em falta; o Tiago deve andar por esse país a tocar; e o Malhas imagino-o à sombra da videira, a beber uns belos copos de alvarinho fresquinho com o belo do petisco.
Eu que vim cheio de vontade de retomar o processo, também não tenho estado parado. Conforme referi anteriormente vamos alterar os planos iniciais que eram de tratarmos em exclusivo da produção do álbum. Em vez disso, vamos querer contratar um produtor e avançar para estúdio. Penso que os temas merecem esta forte aposta na captação de um registo de qualidade profissional, abaixo disso será apenas mais um registo... e desses já vou tendo uma colecção aprecíavel.
Já tenho os contactos de quem nos pode dar orientações para isto se concretizar, pois para evitar a repetição de más experiências anteriores, desta vez temos de apostar bem na selecção das parcerias.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Oi, directamente da India. Nao levem a mal isto ir mal escrito, mas por estas bandas os teclados nao tem acentos...
Nao vos vou falar sobre as minhas ferias: para isso talvez tenham de ir a outro sitio... mas apenas queria deixar registadas 2 reflexoes.
A primeira e a de que tomamos algumas decisoes radicais relativamente ao processo que vamos seguir para a gravacao final dos temas. Entre SMS trocados com o Malhas, ficou definido que vamos seguir um caminho diferente do inicialmente previsto, obviamente que para melhor. Nao vou para ja adiantar qual sera, porque primeiro prefiro fechar algumas ponas soltas antes de dar a coisa como definitiva. Mas na minha cabeca as principais decisoes estao tomadas, restando agora a parte mais operacional.
A segunda coisa que queria dar conta tem a ver com algumas experiencias musicais que fui tendo por aqui. Nao, nao fui a nenhuma rave em Goa, apesar de ter andado por la... falo sobretudo da musica etnica e dos instrumentos tradicionais, que sobretudo nas zonas mais rurais ecoam um pouco por todo o lado. Sao realmente outras tonalidade de som, hipnoticas, e que me fizeram recear fechar os olhos com medo que me levassem para outro lado qualquer. Para alem dos instrumentos de corda e de sopro, talvez os mais conhecidos, fiquei sobretudo fascinado com a percussao e os ritmos que conseguem tirar dos batuques. Na minha cabeca nao conseguia deixar de imaginar quanto ficariam bem, muitos deles (os mais upbeat), com uma guitarra electrica do seu lado. Percebo aqui cada vez melhor o fascinio que estes sons causaram em tantos musicos que admiro. Lembro-me como nao poderia deixar de ser, sobretudo do Jimmy Page: tive um flashback brutal, numa das minhas viagens. Parei num castelo, agora convertido em hotel, numa meio de uma terra perdida no mapa. O castelo tinha um patio enorme, onde fazia um calor de fazer suar as estopinhas. Por detras de uma porta estavam dois tipos, cegos por sinal (?) a tocar percussao. Um deles cantava no estilo tradicional, o que dava um cariz ainda mais magico a toda a cena. Senti aquilo quase como uma recriacao espacial de um episodio do "No Quarter", quando o Jimmy Page e o Robert Plant interpretam o "City dont't cry" acompanhados por outros musicos locais. Imagino que deva ter sido em Marrocos, mas acreditem em mim: os seus espiritos e definitivamente os seus sons, andavam por ali!
Nao vos vou falar sobre as minhas ferias: para isso talvez tenham de ir a outro sitio... mas apenas queria deixar registadas 2 reflexoes.
A primeira e a de que tomamos algumas decisoes radicais relativamente ao processo que vamos seguir para a gravacao final dos temas. Entre SMS trocados com o Malhas, ficou definido que vamos seguir um caminho diferente do inicialmente previsto, obviamente que para melhor. Nao vou para ja adiantar qual sera, porque primeiro prefiro fechar algumas ponas soltas antes de dar a coisa como definitiva. Mas na minha cabeca as principais decisoes estao tomadas, restando agora a parte mais operacional.
A segunda coisa que queria dar conta tem a ver com algumas experiencias musicais que fui tendo por aqui. Nao, nao fui a nenhuma rave em Goa, apesar de ter andado por la... falo sobretudo da musica etnica e dos instrumentos tradicionais, que sobretudo nas zonas mais rurais ecoam um pouco por todo o lado. Sao realmente outras tonalidade de som, hipnoticas, e que me fizeram recear fechar os olhos com medo que me levassem para outro lado qualquer. Para alem dos instrumentos de corda e de sopro, talvez os mais conhecidos, fiquei sobretudo fascinado com a percussao e os ritmos que conseguem tirar dos batuques. Na minha cabeca nao conseguia deixar de imaginar quanto ficariam bem, muitos deles (os mais upbeat), com uma guitarra electrica do seu lado. Percebo aqui cada vez melhor o fascinio que estes sons causaram em tantos musicos que admiro. Lembro-me como nao poderia deixar de ser, sobretudo do Jimmy Page: tive um flashback brutal, numa das minhas viagens. Parei num castelo, agora convertido em hotel, numa meio de uma terra perdida no mapa. O castelo tinha um patio enorme, onde fazia um calor de fazer suar as estopinhas. Por detras de uma porta estavam dois tipos, cegos por sinal (?) a tocar percussao. Um deles cantava no estilo tradicional, o que dava um cariz ainda mais magico a toda a cena. Senti aquilo quase como uma recriacao espacial de um episodio do "No Quarter", quando o Jimmy Page e o Robert Plant interpretam o "City dont't cry" acompanhados por outros musicos locais. Imagino que deva ter sido em Marrocos, mas acreditem em mim: os seus espiritos e definitivamente os seus sons, andavam por ali!
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Pronto, já ouvi as guias! Não de todos os temas, mas quase…
As conclusões são difíceis de tirar para já: percebo agora, na prática, que este processo vai mesmo ser “doloroso” até conseguirmos um registo de qualidade sonora apreciável. Mas não encaro isso com frustração: na fase me que nos encontramos, dê lá por onde der, a coisa vai mesmo ter de rolar!!! Estou tão determinado, que mesmo que fosse o único, arrastaria o pessoal todo atrás de mim!
Uma coisa é certa: mesmo com o som de guias (mal misturado, com inputs sem grande qualidade de som, etc.) ouvir os temas com o distanciamento de não os estar a interpretar, faz-me continuar a acreditar que temos aqui um conjunto de material muito interessante.
O desafio passará não só por conseguirmos ter um bom som, mas garantir que a energia que se sente quando os tocamos “ao vivo” se consegue captar com os microfones… se calhar arranjar um bom som afinal vai ser fácil, ao pé disto!!!
Pela parte que me toca, a audição dos temas vai permitir que comece a delinear a melhor forma de acertar os detalhes. Isto é verdade ao nível da interpretação, bem como ao nível das próprias letras: sem querer desvirtuar o seu sentido original, há pequenas arestas que ainda quero limar.
Vou estar as próximas 3 semanas de férias, na Índia. Vou levar as guias comigo (viva o iPod) para que a chama se mantenha acesa com esta intensidade. Atendendo aos meus gostos musicais primordiais, ir à Índia nesta fase não deixa de ter um significado simbólico curioso (para dizer o mínimo). Foi lá que algumas das minhas referências mais antigas encontraram a inspiração para se recriarem. Já sabem de quem é que estou a falar?
Tenho mais motivos (felizmente) para querer regressar... mas este é sem dúvida um dos mais importantes. Voltar a tocar com os Flirt, retomar o processo de gravações, sentar-me com eles e definir o caminho a seguir, são das âncoras mais fortes que por cá deixo.
Admito!
Até já.
As conclusões são difíceis de tirar para já: percebo agora, na prática, que este processo vai mesmo ser “doloroso” até conseguirmos um registo de qualidade sonora apreciável. Mas não encaro isso com frustração: na fase me que nos encontramos, dê lá por onde der, a coisa vai mesmo ter de rolar!!! Estou tão determinado, que mesmo que fosse o único, arrastaria o pessoal todo atrás de mim!
Uma coisa é certa: mesmo com o som de guias (mal misturado, com inputs sem grande qualidade de som, etc.) ouvir os temas com o distanciamento de não os estar a interpretar, faz-me continuar a acreditar que temos aqui um conjunto de material muito interessante.
O desafio passará não só por conseguirmos ter um bom som, mas garantir que a energia que se sente quando os tocamos “ao vivo” se consegue captar com os microfones… se calhar arranjar um bom som afinal vai ser fácil, ao pé disto!!!
Pela parte que me toca, a audição dos temas vai permitir que comece a delinear a melhor forma de acertar os detalhes. Isto é verdade ao nível da interpretação, bem como ao nível das próprias letras: sem querer desvirtuar o seu sentido original, há pequenas arestas que ainda quero limar.
Vou estar as próximas 3 semanas de férias, na Índia. Vou levar as guias comigo (viva o iPod) para que a chama se mantenha acesa com esta intensidade. Atendendo aos meus gostos musicais primordiais, ir à Índia nesta fase não deixa de ter um significado simbólico curioso (para dizer o mínimo). Foi lá que algumas das minhas referências mais antigas encontraram a inspiração para se recriarem. Já sabem de quem é que estou a falar?
Tenho mais motivos (felizmente) para querer regressar... mas este é sem dúvida um dos mais importantes. Voltar a tocar com os Flirt, retomar o processo de gravações, sentar-me com eles e definir o caminho a seguir, são das âncoras mais fortes que por cá deixo.
Admito!
Até já.
segunda-feira, 23 de julho de 2007
Sábado passado fui assistir a um concerto fabuloso. O Steve Hogarth, actual vocalista dos Marillion deu um concerto no espaço Servartes, aqui no Porto. Foi uma performance altamente intimista: devíamos estar umas 50 pessoas na sala, ele, o piano e o Mac.
Foi uma experiência religiosa: ele não só é um excelente cantor (já agora, também toca piano lindamente), como sobretudo consegue INTERPRETAR os temas, algo que nem todos os vocalistas são capazes de fazer. O ambiente era informal. Perguntava ao público quais os temas que queriam que tocasse, enquanto entre as músicas lia excertos do seu diário (daí estar lá o Mac...) ou contava histórias de quando alucinou com cogumelos numa festa com os Marillion, numa altura em que estavam retirados para gravar.
Tudo estava no ponto, portanto. As velas espalhadas pelo palco (?) e pela sala ajudavam a tornar ainda mais intímo o ambiente.
Estou a contar-vos isto não só por causa do concerto em si, mas por aquilo que ele representou. Mais do que uma série de canções, este tipo veio entregar-se nas mãos do público. Não era só a forma como cantava, com os sentimentos todos a afinarem-lhe as notas na garganta, mas a forma aberta com que se deu a conhecer, as histórias que contava acerca dos temas. E isto foi para mim muito especial porque tem muito a ver com a forma como encaro a coisa.
O que pretendemos fazer não é um conjunto de músicas. Mais do que isso, este projecto só me faz sentido se puder expôr um conjunto de sentimentos e experiências pelas quais temos passado. Por exemplo, não pretendo desvendar todo o significado implícito das letras que faço. Isso seria limitar o gozo da descodificação. Mas não consigo imaginar escrever sobre outras coisas que não sejam coisas minhas. No fim, como peças de um puzzle, ficarão a saber mais alguma coisa sobre mim. Acho que se não o quisesse partilhar, não transpunha nada para o papel nem lhe procurava dar voz.
O que pretendo partilhar não são necessariamente experiências arrebatadoras. Aliás, mesmo que contadas na primeira pessoa, elas não são necessariamente autobiográficas (daí os mistérios por desvendar se manterem); por vezes são coisas semelhantes aquelas fotografias que não damos muita atenção quando passamos por elas no álbum das memórias. Mas ficaram com uma cor especial, uma luz que marca um momento, um sorriso que valeu a pena registar. Nada mais do que isso.
Quando se passa a fronteira da competição, e se acha que a produção artística é mais do que produção, começamos a perceber que o verdadeiro encanto está muitas vezes nos retratos das coisas simples.
Ainda vou tendo dificuldade em fazê-lo. Normalmente sou invadido pelo sentimento de que as letras que escrevo não dão conta do recado, não transparecem tudo aquilo que gostava de contar acerca do assunto. Mas, entre outras coisas, ainda me resta a voz. E essa, pode sempre ajudar a contar o que ficou por dizer. Só é pena ser ainda mais difícil do que passar tudo para o papel. Ainda bem que existes, Steve!!! E ainda bem que me convidaste para te ouvir!
Foi uma experiência religiosa: ele não só é um excelente cantor (já agora, também toca piano lindamente), como sobretudo consegue INTERPRETAR os temas, algo que nem todos os vocalistas são capazes de fazer. O ambiente era informal. Perguntava ao público quais os temas que queriam que tocasse, enquanto entre as músicas lia excertos do seu diário (daí estar lá o Mac...) ou contava histórias de quando alucinou com cogumelos numa festa com os Marillion, numa altura em que estavam retirados para gravar.
Tudo estava no ponto, portanto. As velas espalhadas pelo palco (?) e pela sala ajudavam a tornar ainda mais intímo o ambiente.
Estou a contar-vos isto não só por causa do concerto em si, mas por aquilo que ele representou. Mais do que uma série de canções, este tipo veio entregar-se nas mãos do público. Não era só a forma como cantava, com os sentimentos todos a afinarem-lhe as notas na garganta, mas a forma aberta com que se deu a conhecer, as histórias que contava acerca dos temas. E isto foi para mim muito especial porque tem muito a ver com a forma como encaro a coisa.
O que pretendemos fazer não é um conjunto de músicas. Mais do que isso, este projecto só me faz sentido se puder expôr um conjunto de sentimentos e experiências pelas quais temos passado. Por exemplo, não pretendo desvendar todo o significado implícito das letras que faço. Isso seria limitar o gozo da descodificação. Mas não consigo imaginar escrever sobre outras coisas que não sejam coisas minhas. No fim, como peças de um puzzle, ficarão a saber mais alguma coisa sobre mim. Acho que se não o quisesse partilhar, não transpunha nada para o papel nem lhe procurava dar voz.
O que pretendo partilhar não são necessariamente experiências arrebatadoras. Aliás, mesmo que contadas na primeira pessoa, elas não são necessariamente autobiográficas (daí os mistérios por desvendar se manterem); por vezes são coisas semelhantes aquelas fotografias que não damos muita atenção quando passamos por elas no álbum das memórias. Mas ficaram com uma cor especial, uma luz que marca um momento, um sorriso que valeu a pena registar. Nada mais do que isso.
Quando se passa a fronteira da competição, e se acha que a produção artística é mais do que produção, começamos a perceber que o verdadeiro encanto está muitas vezes nos retratos das coisas simples.
Ainda vou tendo dificuldade em fazê-lo. Normalmente sou invadido pelo sentimento de que as letras que escrevo não dão conta do recado, não transparecem tudo aquilo que gostava de contar acerca do assunto. Mas, entre outras coisas, ainda me resta a voz. E essa, pode sempre ajudar a contar o que ficou por dizer. Só é pena ser ainda mais difícil do que passar tudo para o papel. Ainda bem que existes, Steve!!! E ainda bem que me convidaste para te ouvir!
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Emocionado e sensibilizado... é assim que me sinto após o convite feito pelo Malhas e pelo Raco, para que integre os Flirt enquanto "5º elemento"...
...segundo eles, deste "5º" espera-se apenas uma contribuição informal, mas eu não a vejo sem ser profissional: um embaixador que fala mas não discursa, um tenor que "sobe ao palco" mas não canta, um coscuvilheiro que "mexe" mas não "toca"... em suma, alguém que, omnipresente quando não presente, contribui de alguma forma para a missão subjacente a este projecto e que todos os seus elementos abraçaram sem reservas...
Conheço ainda pouco da sua música (isso tem de mudar rapidamente!), algumas das suas lyrics (por razões que têm a ver com o facto de ser autor de um par delas...) e apenas dois dos seus 4 membros originais... mas a qualidade humana e musical destes dois amigos é enorme (acredito que a dos outros 2 sê-lo-á também ), o que me leva a aceitar de caras este compromisso e responsabilidade camuflados de convite amigável e despretensioso...
Consciente de que nada ainda fiz ou dei, estou porém emocionalmente vinculado a uma participação real mais activa e meritória... batam-me com força se não cumprir!
Um abraço e até já.
Mário Batista
...segundo eles, deste "5º" espera-se apenas uma contribuição informal, mas eu não a vejo sem ser profissional: um embaixador que fala mas não discursa, um tenor que "sobe ao palco" mas não canta, um coscuvilheiro que "mexe" mas não "toca"... em suma, alguém que, omnipresente quando não presente, contribui de alguma forma para a missão subjacente a este projecto e que todos os seus elementos abraçaram sem reservas...
Conheço ainda pouco da sua música (isso tem de mudar rapidamente!), algumas das suas lyrics (por razões que têm a ver com o facto de ser autor de um par delas...) e apenas dois dos seus 4 membros originais... mas a qualidade humana e musical destes dois amigos é enorme (acredito que a dos outros 2 sê-lo-á também ), o que me leva a aceitar de caras este compromisso e responsabilidade camuflados de convite amigável e despretensioso...
Consciente de que nada ainda fiz ou dei, estou porém emocionalmente vinculado a uma participação real mais activa e meritória... batam-me com força se não cumprir!
Um abraço e até já.
Mário Batista
quarta-feira, 18 de julho de 2007
terça-feira, 17 de julho de 2007
Estou lixado!!! Afinal vai demorar mais algum tempo até poder ouvir as guias... mas preciso delas antes das férias!
Ontem já comecei a contactar alguns estúdios aqui no Porto. Espero que me respondam aos mails porque quando regressar das férias, em Setembro, quero começar a gravar.
Falei com o Tiago. A "bola" está do lado dele e convenci-o a enviar-me um CD por correio. Parece que ficou bem impressionado com a 1ª audição das guias, ou seja, daqui para a frente vai fechar os temas que lhe faltam. Senti-o super entusiasmado, o que é óptimo!
Falou-me em particular do "Eu Sou", visto que verdadeiramente, foi a 1ª vez que ouviu como vai ficar o final alterado. Este foi um tema que eu e o Malhas sempre considerámos um pouco "esquizofrénico", não tanto pela letra (que também ajuda a dar-lhe este mote) mas também pelos diferentes ambientes que tem. Se calhar nas versões iniciais esta característica estava mais marcada do que agora, mas com esta alteração do final acho que retomámos essa onda.
Realmente este tema, bem como o "Fim do Mundo", são dos nossos mais antigos mas mesmo assim dos mais emblemáticos. Penso que reunem uma coisa que distingue o nosso som: algumas sonoridades "pesadas" com uma melodia de voz pouco convencional e num registo nada gutural (desculpem , mas tinha de usar esta expressão. É uma private joke que um dia destes revelo...).
Já percebi que o "Sinto, logo existo" vai ficar para depois das férias, pois parece-me importante que o revisitemos enquanto banda, agora que já tem letra e melodia de voz. Há sobretudo espaços que ainda é preciso criar, deixá-la respirar mais. Tenho as ideias na cabeça, mas ainda não tive a oportunidade de as partilhar de forma clara. Tenho pena, pois é um tema que desejo fervorosamente ver concluído. Para além do significado que tem para mim, parece-me representar um sinal claro de que as músicas que temos feito recentemente estão potentíssimas, o que augura boas perspectivas daqui para a frente.
Não sei se é desta sensação de ver as coisas a tomarem forma, mas a minha cabeça não pára de ter ideias. A maior parte delas tem um prazo de validade muito curto, mas outras ficam em carteira... Nota-se que estou desejoso de que a coisa aconteça???
Tenho pensado isto não se deve apenas a uma questão de narcisismo, e contrariando o politicamente correcto, acho que sim. O que é certo é que para além da opinião dos elementos da banda, estou a marimbar-me para a de todos os outros. Termos o álbum gravado não me vai servir para o agitar à frente dos olhos de ninguém; acho que apenas o vou usar para massajar o ego!!!
Mas a confiança no que estamos a fazer não me deixa ter ilusões: enquanto produto, acho que estamos a criar uma coisa interessante, que ainda é capaz de agradar a muita gente. Tenho estado mais atento ao panorama musical português, pois confesso que querendo fazer parte dele o desconheço quase por completo. E continuo a sentir algo semelhante ao que há muitos anos atrás me atravessava o espírito quando via no canal 2 o Pop-Off (lembram-se?): será que é assim tão difícil juntar o alternativo ao audível? Não defendo que a criação artística deva ser exclusivamente encarada como um produto, mas se as bandas querem vender (e é só dessas a que me refiro) têm de ter uma postura diferente da que aqui advogo: têm de deixar de ser narcisistas.
Felizmente para mim que essas aflições não me atingem. Não quero vender nada do que façamos.
Agora, se alguém quiser comprar...
Raco
Ontem já comecei a contactar alguns estúdios aqui no Porto. Espero que me respondam aos mails porque quando regressar das férias, em Setembro, quero começar a gravar.
Falei com o Tiago. A "bola" está do lado dele e convenci-o a enviar-me um CD por correio. Parece que ficou bem impressionado com a 1ª audição das guias, ou seja, daqui para a frente vai fechar os temas que lhe faltam. Senti-o super entusiasmado, o que é óptimo!
Falou-me em particular do "Eu Sou", visto que verdadeiramente, foi a 1ª vez que ouviu como vai ficar o final alterado. Este foi um tema que eu e o Malhas sempre considerámos um pouco "esquizofrénico", não tanto pela letra (que também ajuda a dar-lhe este mote) mas também pelos diferentes ambientes que tem. Se calhar nas versões iniciais esta característica estava mais marcada do que agora, mas com esta alteração do final acho que retomámos essa onda.
Realmente este tema, bem como o "Fim do Mundo", são dos nossos mais antigos mas mesmo assim dos mais emblemáticos. Penso que reunem uma coisa que distingue o nosso som: algumas sonoridades "pesadas" com uma melodia de voz pouco convencional e num registo nada gutural (desculpem , mas tinha de usar esta expressão. É uma private joke que um dia destes revelo...).
Já percebi que o "Sinto, logo existo" vai ficar para depois das férias, pois parece-me importante que o revisitemos enquanto banda, agora que já tem letra e melodia de voz. Há sobretudo espaços que ainda é preciso criar, deixá-la respirar mais. Tenho as ideias na cabeça, mas ainda não tive a oportunidade de as partilhar de forma clara. Tenho pena, pois é um tema que desejo fervorosamente ver concluído. Para além do significado que tem para mim, parece-me representar um sinal claro de que as músicas que temos feito recentemente estão potentíssimas, o que augura boas perspectivas daqui para a frente.
Não sei se é desta sensação de ver as coisas a tomarem forma, mas a minha cabeça não pára de ter ideias. A maior parte delas tem um prazo de validade muito curto, mas outras ficam em carteira... Nota-se que estou desejoso de que a coisa aconteça???
Tenho pensado isto não se deve apenas a uma questão de narcisismo, e contrariando o politicamente correcto, acho que sim. O que é certo é que para além da opinião dos elementos da banda, estou a marimbar-me para a de todos os outros. Termos o álbum gravado não me vai servir para o agitar à frente dos olhos de ninguém; acho que apenas o vou usar para massajar o ego!!!
Mas a confiança no que estamos a fazer não me deixa ter ilusões: enquanto produto, acho que estamos a criar uma coisa interessante, que ainda é capaz de agradar a muita gente. Tenho estado mais atento ao panorama musical português, pois confesso que querendo fazer parte dele o desconheço quase por completo. E continuo a sentir algo semelhante ao que há muitos anos atrás me atravessava o espírito quando via no canal 2 o Pop-Off (lembram-se?): será que é assim tão difícil juntar o alternativo ao audível? Não defendo que a criação artística deva ser exclusivamente encarada como um produto, mas se as bandas querem vender (e é só dessas a que me refiro) têm de ter uma postura diferente da que aqui advogo: têm de deixar de ser narcisistas.
Felizmente para mim que essas aflições não me atingem. Não quero vender nada do que façamos.
Agora, se alguém quiser comprar...
Raco
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Pois é, as guias estão feitas. Foi um fim-de-semana muito produtivo, pois não só fechámos alguns temas onde ainda faltavam a Guitarra e o Baixo, como também consegui pôr voz em todas elas. Bem, quase todas, porque há ainda 2 temas que falta terminar.
Publicamente peço desculpas aos meus vizinhos pelo berreiro, mas soube-me imensamente bem cantar o dia todo! Comecei a gravar por volta das 10h (para me vingar do vizinho do lado que tem um puto que berra logo pela fresquinha) e quando dei por mim já eram quase 16h... acho que o que me despertou foram os roncos do estômago, pois até me esqueci de comer. Uns flocos e um cafezinho e goelas bem abertas!
Gostei de voltar a gravar. Acho que o que conseguimos fazer nestes 2 dias dá já uma base de trabalho apreciável, mas ao mesmo tempo ajuda a ter uma perspectiva do trabalho que ainda temos pela frente. Sobretudo eu, quando vier de férias. Quero começar logo a trabalhar nos registos definitivos dos temas. Para já vai ser bom ouvir as guias e começar a preparar o caminho, no que toca a questões finas de afinação, mas sobretudo de interpretação. Gosto disso!!!
Outras das coisas boas que aconteceram foi a decisão de fazer do "Fim do Mundo" o nosso "single". É uma música que julgo representa bem o nosso som, e sobretudo dá um gozo terrível ouvir. Além desta, o "Deixa de me atormentar" também continua a soar muito bem. É uma balada que se calhar vai agradar a outros públicos, mas tem muita força.
Bem, mas para já quero concentrar-me em desenvolver um conceito criativo para realizarmos um clip para o "Fim do Mundo". Também já iniciámos alguns contactos com quem nos pode ajudar nesta matéria.
Estou desejoso de ver o resultado das guias, pois vim para o Porto sem um CD... mas se a qualidade estiver "audível", isso é óptimo para continuar a mobilizar algumas pessoas para este projecto, para as quais ainda não passa de uma coisa intangível. Com um primeiro registo dos temas vai ser possível começar a passar algum ambiente a meia dúzia de pessoas que fomos convidando a participar nesta fase de arranque. Isto claro, se a qualidade estiver minimamente, caso contrário apenas os espantaremos...
Vamos também aproveitar este registo para registar (finalmente) os temas na SPA. Aí qualidade não é relevante.
Quando o Malhas me enviar os MP3s, conto-vos o que me pareceu...
Raco
Publicamente peço desculpas aos meus vizinhos pelo berreiro, mas soube-me imensamente bem cantar o dia todo! Comecei a gravar por volta das 10h (para me vingar do vizinho do lado que tem um puto que berra logo pela fresquinha) e quando dei por mim já eram quase 16h... acho que o que me despertou foram os roncos do estômago, pois até me esqueci de comer. Uns flocos e um cafezinho e goelas bem abertas!
Gostei de voltar a gravar. Acho que o que conseguimos fazer nestes 2 dias dá já uma base de trabalho apreciável, mas ao mesmo tempo ajuda a ter uma perspectiva do trabalho que ainda temos pela frente. Sobretudo eu, quando vier de férias. Quero começar logo a trabalhar nos registos definitivos dos temas. Para já vai ser bom ouvir as guias e começar a preparar o caminho, no que toca a questões finas de afinação, mas sobretudo de interpretação. Gosto disso!!!
Outras das coisas boas que aconteceram foi a decisão de fazer do "Fim do Mundo" o nosso "single". É uma música que julgo representa bem o nosso som, e sobretudo dá um gozo terrível ouvir. Além desta, o "Deixa de me atormentar" também continua a soar muito bem. É uma balada que se calhar vai agradar a outros públicos, mas tem muita força.
Bem, mas para já quero concentrar-me em desenvolver um conceito criativo para realizarmos um clip para o "Fim do Mundo". Também já iniciámos alguns contactos com quem nos pode ajudar nesta matéria.
Estou desejoso de ver o resultado das guias, pois vim para o Porto sem um CD... mas se a qualidade estiver "audível", isso é óptimo para continuar a mobilizar algumas pessoas para este projecto, para as quais ainda não passa de uma coisa intangível. Com um primeiro registo dos temas vai ser possível começar a passar algum ambiente a meia dúzia de pessoas que fomos convidando a participar nesta fase de arranque. Isto claro, se a qualidade estiver minimamente, caso contrário apenas os espantaremos...
Vamos também aproveitar este registo para registar (finalmente) os temas na SPA. Aí qualidade não é relevante.
Quando o Malhas me enviar os MP3s, conto-vos o que me pareceu...
Raco
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