sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CAPÍTULO VI

Uma vez chegados a este ponto da viagem podemos finalmente iniciar o processo de libertação. Podemos finalmente dizer “basta” e expiar as mágoas que carregamos por culpa daqueles com quem temos histórias sem finais felizes. Conseguimos assumir a causa das dores que sentimos dentro de nós próprios, vimos a luz que afinal sempre esteve no nosso mais profundo ser. Largamos para trás das costas quem nos quis CEGO, SURDO E MUDO, e de repente deixamos de pagar por castigos que nunca quisemos comprar.



CEGO, SURDO E MUDO (porque não?)
LETRA: Ricardo Oliveira e Mário F.

Dei-me a ti sem juras, que um dia ia aceitar
Nunca fiz promessas, mas quiseste acreditar
Em prazos sem validade, palavras que te menti
Compromissos de uma vida, onde estou melhor sem ti

Sei que custa, faz doer
E tens tudo a perder, mas
Porque não, porque não?

Seja cego, surdo e mudo
De repente fez-se luz
Estava dentro de mim
Seja cego, surdo e mudo
Quando já não estava à espera
Tu já não estavas em mim

Não temos histórias, com um final feliz
Crias os teus dramas, por coisas que nunca fiz
Nada do que pensas, me consegue estimular
Ninguém compra um castigo, mas eu sinto-me a pagar

Porque não queres saber quem sou?
Porque não assumes que és a dor que existe em mim?

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